Posso votar porque ele “rouba mas faz” – por Paulo Onofre

Velhos costumes praticados na política, podem estar chegando ao fim.

Estive pela manhã na Câmara Municipal de Manaus, para conversar com amigos sobre o processo eleitoral em andamento e, para surpresa geral, disse que meu candidato seria Eduardo Braga, mas acrescentei: nunca votei neste cidadão.


É certo que o Eduardo Braga prestou um bom serviço para o Estado, quando construiu o Prossamin, a Ponte Rio Negro e outras meia dizia de boas obras de meio porte.

Mas não posso esquecer também, que ele começou este fatídico projeto do elefante branco da Arena da Amazônia, e deixou a centenária Santa Casa fechar as portas.

Velhos costumes praticados na política, podem estar chegando ao fim.

Com todos os erros e acertos, Braga, ainda assim, estaria credenciado a ser meu candidato. Mas uma coisa me impede de tornar-me um militante político na campanha desse cidadão.

As razões:

a) A ARROGÂNCIA E POTENCIARIA do Eduardo, e a falta do bom trato com seus subordinados e pessoas que lhe procuram, estes fatores me impedem de apoia-lo;
b) A acusação de ter superfaturado o Projeto Prossamin;
c) Acusação de superfaturamento na Construção da Ponte Rio Negro;
d) Acusação de superfaturamento na Construção da Arena da Amazônia.

Apenas citei algumas acusações que pesam sobre Eduardo Braga, as que já se transformaram em processo e correm em segredo de justiça. Sem contar as citações em pelo menos meia dúzia de vezes na LAVA JATO.

Se eu trabalhar na campanha de Eduardo Braga, estarei acreditando na frase atribuída ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros: “ROUBO, MAS FAÇO”.

Precisamos acabar com essa cultura no Brasil, que sobrevive há décadas em nosso meio. Sempre a ideia de que o administrador público, que mesmo superfaturando no orçamento estará perdoado de sua gatunagem se tiver feito grandes obras.

Esquece o eleitor, que a obra que foi executada por esse político – presidente da República, Governador ou Prefeito -, é com o dinheiro do contribuinte. São 168 dias de trabalho por ano, para pagar impostos.

Então disse aos meus amigos: não vou votar no Eduardo Braga. Estou indeciso. Mas uma coisa é certa, o Eduardo Braga não terá meu voto.

Lembrando dos presidentes da república, governadores e prefeitos na época do governo militar. Aponte um que saiu do governo rico, porque depois desta tal democracia, o pais passou por este processo de degradação, onde os cidadão adentra na política com um único objetivo, enriquecer.

*Paulo Onofre é Assessor Parlamentar e animador cultural.

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