Prefeito influenciador na mira da PF: Rodrigo Manga é investigado por corrupção em Sorocaba

Foto: Recorte

A Polícia Federal iniciou na manhã desta quinta-feira (10) uma operação para desarticular uma organização suspeita de desvios de recursos públicos na área da saúde. Entre os alvos, está o prefeito de Sorocaba, município do interior de SP, Rodrigo Manga (Republicanos).


Foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão em cidades do estado de São Paulo e da Bahia. As equipes da Operação Copia e Cola estiveram na sede da Prefeitura Municipal de Sorocaba (SP), na casa e no gabinete do prefeito, na Secretaria de Saúde da cidade, no Diretório Municipal do partido e na casa do ex-secretário da saúde, Vinicius Rodrigues.

Eleito em 2020 para comandar a prefeitura depois de dois mandatos de vereador, Rodrigo Manga era vendedor de veículos em uma rede de lojas de Sorocaba. Ele começou a ficar popular ao aparecer em vídeos anunciando os veículos.

Com formação em marketing, ele tem investido pesado em publicações sobre seu mandato e a cidade de Sorocaba com vídeos curtos e chamativos para engajar com o público na internet. O resultado tem mostrado efeito nas redes sociais, aumentando a popularidade do prefeito, que ganhou milhões de seguidores e vários convites para participar de programas de rádio e TV pelo país.

A TV TEM questionou a Prefeitura de Sorocaba sobre o cumprimento da operação nos gabinetes municipais e na casa do prefeito, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) – Foto: Recorte

Além do suposto envolvimento de Vinicius Rodrigues, também é investigada a participação do ex-secretário de Governo e Administração Fausto Bossolo. O possível envolvimento de uma igreja e de um empresário que tem uma imobiliária em Sorocaba é investigado pela PF.

Investigação começou em 2022

Conforme a PF, a investigação teve início no ano de 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde em Sorocaba.

A Polícia Federal também investiga a suspeita de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em dinheiro, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Conforme apurado pela TV TEM, pelo menos R$ 600 mil em espécie foram encontrados nos endereços alvos da operação. Parte do dinheiro estava em uma caixa, dentro de um porta-malas de um veículo.

Foi determinado também o sequestro de bens e valores totalizando R$ 20 milhões, e a proibição da Organização Social (OS) investigada de ser contratada pelo poder público.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.

Fonte: g1

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