
Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto cobrou do governo federal um plano que seja posto em prática o mais rápido possível para evitar que imigrantes venezuelanos passem por mais necessidades em solos brasileiros. Acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, o prefeito de Manaus recebeu nesta quarta-feira, 18/9, no Palácio Rio Branco, Centro, a prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Surita, que compartilhou os problemas vivenciados e a dificuldade em encontrar soluções para administrar a alta demanda populacional nas duas cidades, que são pontos principais de entradas dos estrangeiros no Brasil.
Para o prefeito de Manaus, os imigrantes são bem recebidos, porém as cidades de Manaus e Boa Vista precisam da ajuda federal para poder administrar a estada e dar condições dignas de vida aos venezuelanos.
A cidade de Boa Vista registra em média, por dia, a entrada de 800 pessoas pela fronteira com a Venezuela. Um número que, segundo a prefeita Surita, sobrecarrega atendimentos básicos em escolas, unidades básicas de saúde e em hospitais.
“Em três dias, são 2,4 mil pessoas a mais na cidade e o que nós temos, para dividir com um aumento desses, se torna praticamente inviável. Temos em Boa Vista 6,5 mil pessoas em 11 abrigos, mas temos outras 3,5 mil pessoas vivendo nas ruas. Essa superlotação na nossa cidade faz com que Manaus comece a receber sempre mais essas pessoas”, relatou a prefeita Teresa Surita.

Os prefeitos destacaram a importância da operação Acolhida, coordenada pelo Exército, porém não é uma ação de controle imediato em relação à realidade vivida no dia a dia com os imigrantes.
Com os olhos do mundo voltados para a região amazônica, esse é o momento dos municípios se unirem para zelar e defender a região que é de extrema importância para o futuro do Brasil e do mundo, como destacou o prefeito Arthur Virgílio Neto.
“Temos que acabar com o preconceito com o terceiro setor, temos que perceber que as ONGs podem fazer muita coisa útil, que os governos fariam com mais lentidão. Dá para trabalhar de forma complementar, sem preconceito e com o dever de alertar o presidente, o governo federal, sobre os riscos que a Amazônia corre, os riscos de desprestígio para a diplomacia brasileira, a ponto de gerar efeitos econômicos nocivos por eventuais boicotes a produtos nossos”, ressaltou o prefeito.