Prefeitura discute estratégia de combate à morbimortalidade em crianças refugiadas

Foto - Henrique Souza / Semsa

A Prefeitura de Manaus, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (Unicef) e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistencial (Adra), está discutindo a implementação de uma estratégia que tem o objetivo de fortalecer o trabalho já desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), para reduzir a morbimortalidade (doenças e óbitos) em crianças de 2 meses a 5 anos.


O tema está sendo discutido por médicos e enfermeiros das unidades da Semsa, na oficina de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi), que será concluída nesta sexta-feira, 18/3. A programação está sendo realizada no auditório do Mercure Hotel, no bairro de Adrianópolis, na zona Centro-Sul.

A técnica do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente, enfermeira Ivone Amazonas, explicou que o enfoque da oficina está sendo direcionado ao atendimento das crianças e adolescentes migrantes, refugiados e indígenas da etnia Warao, que integram o fluxo migratório venezuelano para a região Norte.

Foto – Henrique Souza / Semsa

“O objetivo dessa formação é qualificar os profissionais de saúde no desenvolvimento da política integrada de saúde da criança e do adolescente, com o aprimoramento das ações de promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças prevalentes. A Semsa já vem realizando um amplo trabalho nesse sentido, mas essa parceria amplia ainda mais a consulta de puericultura, que é o acompanhamento da criança e do adolescente de modo a reduzir a morbimortalidade infantil”, acentuou.

A ação formativa conta com a participação de 80 profissionais de saúde que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A proposta é aprimorar a qualificação dos profissionais da Semsa reforçando a prática já adotada pelas equipes, que, ao analisar o estado de saúde da criança, avaliam também o contexto em que vivem.

A consultora da área de Saúde e Nutrição do Unicef em Manaus, Neidiana Ribeiro, que está atuando como facilitadora das atividades, explicou que a proposta é reforçar a prática já adotada pela rede municipal e a importância de uma visão sensível às crianças migrantes e refugiadas.

“Essas crianças são mais vulneráveis a doenças como gripe, diarreia e pneumonia e o nosso objetivo é estreitar ainda mais nossa parceria, sensibilizando os profissionais de saúde, que têm um papel muito importante na eliminação dos fatores de risco. Essa união é fundamental para um olhar diferenciado e atento para as crianças migrantes, refugiadas e warao”.

As atividades teóricas e práticas contemplam aulas expositivas, dinâmicas, trabalhos em grupo e estudo e resolução de casos. Os profissionais de saúde dos Distritos de Saúde (Dias) Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural estão debatendo os princípios do Aidpi com enfoque nas crianças de 2 meses a 5 anos de idade, que estão vinculadas a estabelecimentos de saúde de referência. Os participantes estão discutindo como as medidas promoção da saúde, prevenção de doenças pode ser tomadas no domicílio e em quais situações

Para a enfermeira Wildys Azevedo do Disa Sul, a oficina foi uma oportunidade para prestar um serviço de mais qualidade à população. “Foi uma experiência valiosa para nos dar mais segurança para solucionar algumas situações que nós, enfermeiros, podemos resolver de forma rápida e simples, com orientações sobre como cuidar da criança, dentro da puericultura”, assinalou.

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