
As aplicações financeiras efetivadas pelo Manaus Previdência (Manausprev), da Prefeitura de Manaus, em fundos, cujos valores envolvem montantes somados acima dos R$ 70 milhões serão analisadas pelo TCE-AM através de uma força tarefa.
De acordo com o procurador Carlos Alberto Souza de Almeida, em 2008 foram investidos R$ 43 milhões da Manausprev no Fundo Quatá (fundo de investimento de renda fixa a longo prazo de crédito privado), valor que não foi devolvido aos cofres públicos. Um novo investimento, no valor de, aproximadamente, R$ 28 milhões, também foi realizado pelo órgão previdenciário, sem retorno.
De acordo com o procurador-geral do MPC, entre as razões para se analisar a destinação dos recursos estão as aplicações temerárias realizadas pelo Manausprev, a opacidade sobre o rastreio dos investimentos e as notícias de vultosos prejuízos resultadas dessas aplicações financeiras. “A questão ainda está obscura e precisa ser esclarecida”, comentou o procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida.
Vale ressaltar que em maio de 2016, o colegiado do TCE reprovou as contas do Manausprev, referente ao exercício de 2008. Na ocasião, os gestores foram condenados a devolver aos cofres públicos R$ 43,6 milhões, entre multas, glosas e alcance.