
A previsão é de que tanto o Pantanal quanto a Amazônia enfrentem uma prolongada seca até o final de 2024, conforme alertou Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ao comentar os incêndios que têm devastado o Mato Grosso do Sul, Agostinho destacou que as previsões são “realmente muito alarmantes” para esses biomas.
Em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT News, nesta terça-feira (25), Agostinho explicou à jornalista e apresentadora Paola Cuenca que, devido à severidade da situação, o Ibama está buscando aumentar a verba disponível. Atualmente, o orçamento é de R$ 84 milhões, utilizado para reforçar o combate aos incêndios com a contratação de mais brigadistas e aeronaves.
O Pantanal, em particular, é motivo de grande preocupação. Agostinho observou que a estiagem pode intensificar os incêndios no bioma, exacerbando os danos já causados. Ele destacou a importância da sociedade civil na prevenção desses desastres, mencionando que alguns incêndios recentes no Pantanal começaram com pequenas fogueiras feitas para aquecer alimentos à beira de rios.
A combinação de ação humana, previsão de seca prolongada e aumento do desmatamento devido à exploração agrícola faz do Pantanal uma das áreas mais vulneráveis. “Dos seis biomas terrestres do Brasil, o bioma que mais está sofrendo com as mudanças climáticas é o Pantanal”, afirmou Agostinho.
Em resposta à situação crítica, a ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, anunciou que uma comitiva do governo federal visitará Corumbá (MS), uma das regiões mais afetadas, nesta sexta-feira (28). A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participará da viagem para avaliar a situação de perto.
Fonte: SBT News