Projeto ‘a mão que fala’ transforma Língua de Sinais em voz

Professor Manuel Augusto Cardoso, autor do projeto/Foto: Nathalie Brasil

Por meio do Núcleo de Robótica e Automação da Escola Superior de Tecnologia (EST), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), lançou ontem (18), o “Projeto Giullia – A mão que fala”, que consiste em transformar, por meio de um sensor, a Língua de Sinais em palavras ou frases sincronizadas. A solenidade de apresentação do projeto foi realizada no Núcleo de Robótica da EST.
Com o Projeto Giullia, foi desenvolvida uma pulseira com sensor capaz de traduzir em som o significado de movimentos de quem está utilizando o equipamento. “Essa pulseira é posicionada logo abaixo do cotovelo da pessoa. Assim, capta os sinais biológicos dos músculos do antebraço e da mão. Os sinais vêm da excitação dos músculos. O sensor capta esses sinais e os transmite, via bluetooth, para um aparelho celular”, explica o professor da UEA, Manuel Augusto Pinto Cardoso, que desenvolveu o projeto.


O professor, que atua no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento do Núcleo de Robótica e Automação da UEA, destaca ainda que um algoritmo matemático deve ser implementado no celular que vai receber os sinais do sensor. Esses dados irão simular o funcionamento das redes neurais, possibilitando a sintetização em voz.

“É uma tecnologia baseada em Inteligência Artificial (IA). As ondas matemáticas aprendem a reconhecer o padrão relativo aos movimentos do antebraço e da mão. Esses movimentos serão associados a frases feitas ou letras”, explicou o pesquisador.

Para o reitor da UEA, Cleinaldo Costa, esse trabalho é motivo de comemoração para a sociedade. Tendo em vista que, segundo o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 9 milhões de brasileiros com deficiência auditiva, a novidade será capaz de permitir a essas pessoas uma comunicação quase que em uma linguagem natural, proporcionando-lhes melhores condições de inserção social.

“É um projeto ousado que vai melhorar a vida e trazer a certeza da cidadania para as pessoas com deficiência auditiva, da fala e compreensão. E a UEA contribui com esse esforço desenvolvido pelos nossos professores e alunos para beneficiar a população amazonense”, comentou o reitor.

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