Projeto Florestas Inteligentes ganha ouro em premiação global por Sustentabilidade na Educação

Foto: Recorte

Há três anos, o Projeto Florestas Inteligentes une universitários brasileiros para desenvolver iniciativas tecnológicas, sustentáveis e sociais para auxiliar no trabalho de comunidades da Mata Atlântica, no interior de São Paulo, e da Floresta Amazônica, na Ilha de Cotijuba, no Pará. Realizado pelo Centro Universitário Facens (Sorocaba-SP) em conjunto com o Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), o projeto foi premiado pelo segundo ano consecutivo no QS Reimagine Education Awards. A iniciativa garantiu o ouro na categoria Sustainability in Education Action (Ação Sustentável na Educação) durante a premiação em Londres, no Reino Unido, dia 10 de dezembro.


O prêmio reconhece os pioneiros do setor, criando uma comunidade de inovadores comprometidos em redesenhar a aprendizagem e as oportunidades de trabalho para as próximas gerações. Vitor Belota, gerente de Sustentabilidade e Educação Inovadora do Centro Universitário Facens, comemora o reconhecimento. “O projeto consolidou-se como referência por mais um ano. Participar de uma premiação como essa, entre tantos projetos de todo o mundo, só demonstra o quanto estamos na vanguarda como Instituição. Com as ações, contribuímos para a valorização da cultura local, a promoção da bioeconomia e a preservação do meio ambiente, capacitando os estudantes para enfrentarem problemas reais e promoverem mudanças positivas na sociedade, em um contexto social e ambientalmente responsável”, diz.

Os grupos são interdisciplinares e reúnem alunos dos cursos de Direito, Engenharia de Produção, Psicologia, Ciência e Engenharia da Computação, Engenharia Química e Análise e Desenvolvimento de Sistemas dos centros universitários, que estão envolvidos em todas as etapas dos projetos, desde a concepção à implantação. Em 2024, eles formaram as equipes Jambu e Juçara e desenvolveram duas soluções: uma estufa inteligente para secar a fibra da bananeira e um triturador automatizado para extração da fibra do coco.

O triturador automatizado transforma os resíduos de coco em fibra, que pode ser utilizada como adubo, na produção de produtos artesanais e vendido in natura para produções em escala de diferentes produtos (tapetes e vasos). Ele foi pensado e criado para a Cooperativa de Trabalho Ambiental da Ilha de Cotijuba, para reduzir o descarte inadequado de resíduos do fruto, um dos produtos mais consumidos na região e que pode causar diversos danos para o meio ambiente e para a saúde, como a contaminação do solo e a proliferação de vetores para doenças. Além de seu longo período de decomposição, até 12 anos, o que gera alto acúmulo de lixo na região.

A estufa inteligente foi desenvolvida para otimizar o processo de secagem da fibra de bananeira utilizada pelas artesãs da Associação Banarte, localizada em Miracatu (SP) e visa atender uma demanda das próprias trabalhadoras, que apresentaram dificuldades nesta etapa de produção devido às condições climáticas da região. A tecnologia é equipada com sensores e controladores de umidade e temperatura, o que faz secar as fibras de maneira controlada, além de oferecer um ambiente ideal para a produção artesanal. O sistema é alimentado por placas solares, o que garante uma fonte de energia renovável e sustentável.

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