PSDB foi beneficiado por desvios, afirmam delatores da OAS

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247 – Oito ex-funcionários da empreiteira OAS que fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontaram desvios em obras do Rodoanel, em São Paulo, para o suposto financiamento de campanhas eleitorais do PSDB. Segundo o Valor, eles entregaram provas de pagamentos efetuados a operadores financeiros de políticos. Inclusive, a empresa bancou custos de hospedagem para os lobistas, quando eles iam a escritórios da empresa para recolher o dinheiro, de acordo com os delatores. De acordo com uma fiscalização recente do Tribunal de Contas da União (TCU), há indícios de sobrepreço de R$ 55,6 milhões nos pagamentos feitos pela Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) para a OAS por obras do Rodoanel Norte. A Dersa é uma companhia de logística e infraestrutura controlada pelo governo do Estado de São Paulo.


O Ministério Público Federal (MPF) investiga o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) Paulo Vieira de Souza. Conhecido como ‘Paulo Preto’, ele apontado pelos procuradores como operador financeiro de campanhas eleitorais do PSDB em São Paulo. O operador tucano seria o líder de esquema de fraudes em reassentamentos no trecho Sul do Rodoanel, no eixo de obras da Nova Marginal Tietê e no prolongamento da avenida Jacu-Pêssego, em São Paulo. Segundo o MPF, os desvios totalizaram R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011.

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Em junho, foi preso Laurence Casagrande Lourenço, que presidia a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Secretário de Logística e Transportes no último governo de Geraldo Alckmin, ele foi detido na Operação “Pedra no Caminho”, que apura corrupção em obras do Rodoanel Norte, com sobrepreços de até R$ 131 milhões, segundo a Polícia Federal (PF). Outro investigado pelo MPF de São Paulo é o ex-gerente de projeto do Rodoanel, Pedro da Silva, nomeado por Paulo Souza em 2009. Silva é suspeito de envolvimento em corrupção no trecho Norte do Rodoanel. O advogado Pedro Iokoi, que atuou nos acordos dos ex-funcionários da OAS, disse que não pode se manifestar porque as delações estão sob segredo de Justiça.

Em nota, a executiva nacional do PSDB disse que a legenda “reitera sua total intolerância à má-conduta” e que “o partido desconhece as delações a que se refere a reportagem, muito menos os fatos genéricos por ela mencionados”.

Fonte: Brasil 247

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