Quase três anos depois, TRT anula eleição do Sindicato dos Transportes Especial ocorrida em 2022

Trabalhadores do Sindespecial reunidos em Assembléia Geral - foto: Gabriel Enock

Em uma ação movida por outra categoria dos transportes em Manaus, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-11ª Região), votou pela anulação de uma eleição ocorrida em 2022, quase três anos após a diretoria ser empossada e homologada pelo próprio Tribunal. O mandato terminaria em 05/11/2026.


Ontem, 27 de fevereiro, próximo ao recesso das festas de carnaval, diretores e a categoria dos Transportes Especial (Sindespecial), tomaram ciência de que três de cinco desembargadores teriam votado pela destituição da diretoria, mesmo o relator do processo tendo votado a favor da permanência. O Acórdão ainda não foi publicado.

Nos grupos e nas redes sociais, trabalhadores do sistema estranharam que a decisão tomada se baseava em denúncias de irregularidades no processo eleitoral da entidade, ocorrido em 2022.

Ainda de acordo com as acusações de membros de outro sindicato ao TRT, o presidente da categoria, William Enock e Gabriel Enock teriam manipulado os resultados das eleições internas do sindicato para assegurar a manutenção de seus cargos.

Comissão Eleitoral

Estranhamente, essa mesma eleição foi acompanhada por Comissão Eleitoral formada inclusive por membros do sindicato denunciante, homologada pelo próprio Tribunal do Trabalho, pelo Ministério Público e confirmada pelas Centrais Sindicais no Estado.

Para representantes das Centrais Sindicais, entre elas a CUT-AM, os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho, no Amazonas, talvez tenham sido induzidos ao erro, ao ter como base as alegações inverídica de que sindicalistas que são parte interessada na queda da diretoria do Sindespecial, agem desta forma para se locupletar dela.

Por sua vez, a Comissão Eleitoral, o MPT, o MP não registraram nenhuma irregularidade na época. Também existe o prazo regimental de que em caso de eleições irregulares, os reclamantes tem um prazo de 24 horas para entrar com ação de impugnação. O fato não ocorreu.

Há 10 anos atrás

A destituição de diretorias sindicais, através de ações movidas por outros sindicalistas, era muito comum em Manaus a aproximadamente 10 anos atrás. Daí a surpresa de uma ação, movida com base em denúncias infundadas ser acatada. A insegurança voltou a tomar conta dos trabalhadores no Amazonas, muitos deles recorrendo a Forças Divinas, para se livrarem do mal que se aproxima da categoria.

Post nos grupos de Whatsapp dos rodoviários e Manaus – foto: recorte

Os diretores do Sindespecial estão entrando com ação junto ao TRT, na tentativa de anular a decisão por maioria simples.

Da redação, com informações dos trabalhadores e diretores do Sindicato.

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