Região Nordeste se reinventa para combater desemprego na pandemia

Foto: Reprodução

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que número de desempregados bateu recorde nas regiões Nordeste e Norte em 2021


Aumentou o número de desempregados em oito dos 27 estados e também no Distrito Federal: esta é a principal informação dos dados do IBGE divulgados neste ano. As taxas de informalidade dos estados mencionados chegaram a 53,3% no Nordeste e 55,66% no Norte. Ambos ficaram acima da média computada em território nacional, que foi de 39,6%.

Segundo a pesquisa, mais de dez estados apresentaram um recorde histórico na taxa de desemprego. Foram eles: Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Goiás, Alagoas, Bahia, Sergipe, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

As maiores taxas de desocupação registradas pela pesquisa foram geradas em Pernambuco e Bahia, com 21,3%, seguidos por  Sergipe, com 20,9%, e Alagoas, com 20%. Os estados que registraram os menores índices de desocupação foram Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, todos com uma porcentagem menor que 10%.

Já no primeiro trimestre de 2021 as regiões Norte e Nordeste tiveram um aumento na procura por trabalho, o que elevou a taxa de desocupação nessas duas regiões, que historicamente sempre apresentaram um número expressivo de trabalhadores informais. Com uma presença menor de atividades econômicas que contratam com carteira de trabalho assinada, boa parte dos trabalhadores se ocupa com o comércio de rua e os populares “bicos”.

De acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre de 2020, 75,3% dos trabalhadores do setor privado tinham a carteira de trabalho assinada, mas, nas regiões Norte e Nordeste, essa porcentagem cai para 60,3% e 59%, respectivamente, apresentando percentuais significativamente mais baixos que a média nacional.

Esse cenário fez com que as pessoas buscassem alternativas fora do setor privado, como abrir o próprio negócio ou procurar uma carreira pública que oferecesse mais estabilidade, por meio de concursos públicos, como concurso na Prefeitura de João Pessoa e concursos para funcionários na Caixa Econômica Federal em estados como Bahia e Maranhão, por exemplo.

Outros destaques da pesquisa foram os seguintes.

  • Nível de ocupação foi maior no Sul e Centro-Oeste, com 54,3% e 54,2%, respectivamente. A menor taxa registrada em território nacional foi de 40,9%, no Nordeste.

  • A maior taxa de informalidade foi registrada no Maranhão, com 61,6%, e a menor em Santa Catarina, com 27,7%.

  • Na Bahia, aproximadamente, 785 mil pessoas desistiram de procurar trabalho.

  • Os menores percentuais de trabalhadores informais estão no Distrito Federal e em São Paulo, com 20,2% e 24%, respectivamente.

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