Benjamin Constant, no sudoeste do Amazonas e com menos de 44 mil habitantes, enfrenta uma seca extrema que tornou a navegação quase impossível. Ribeirinhos precisam usar enxadas para abrir canais para pequenas embarcações. Com rios em níveis críticos e o transporte fluvial interrompido, 3.700 pessoas estão isoladas e os preços de alimentos e medicamentos dispararam.
A principal passagem pelo Rio Solimões, que dá acesso à cidade, está bloqueada por bancos de areia. A seca começou antes do previsto e, em julho, a navegação já havia sido interrompida. A Defesa Civil local não tem previsão para a recuperação das águas.
Outro canal do Rio Solimões, ainda navegável, também corre o risco de secar completamente, isolando Benjamin Constant de Tabatinga, o polo econômico mais próximo. O Solimões enfrenta a pior seca dos últimos 42 anos.
Agricultores, pescadores e a população de Tabatinga também estão enfrentando uma crise ambiental. Em 13 de setembro, o nível do alto Solimões alcançou -1,71 metro, segundo a Defesa Civil estadual.
Fonte: g1/Amazonas