
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou na última quarta-feira (22), que vê uma deficiência de R$ 58,2 bilhões no orçamento de 2017.
Em coletiva, porém, Meirelles ressaltou que este não é o valor final do contingenciamento, que deve ser anunciado na próxima terça-feira (28). Mais cedo, em documento distribuído à imprensa, o governo disse que esse era o valor do corte, mas o número final será menor que este, segundo Meirelles.

Aumentos de tributos, se necessário. “É uma grande possibilidade [subir tributos]”, disse Meirelles. A ideia do corte ou do aumento de impostos visa ajudar o governo a atingir a meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões. Segundo a jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, já foi decidido que haverá um aumento de impostos.
Meirelles explicou que este “adiamento” do corte de orçamento ocorreu porque há ações judiciais no STF e STJ que podem impactar positivamente as receitas esperadas para este ano. Segundo ele, as decisões da Justiça podem chegar a R$ 18 bilhões.
A previsão para este ano é de queda de R$ 55,340 bilhões nas receitas e aumento de R$ 3,406 bilhões nas despesas, segundo relatório divulgado pelo ministério do Planejamento. O governo também afirma que as previsões de arrecadação com concessões e venda de ativos, as chamadas receitas extraordinárias, estão mais realistas.
Mais cedo, o governo reduziu sua expectativa para o crescimento do país, passando de 1% para 0,5%. No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central, as projeções de mercado apontam para uma alta de 0,48% no PIB de 2017. Para 2018, a Fazenda prevê expansão do PIB de 2,5%.