
O silêncio do conselho da APA Caverna do Maroaga e a omissão da Secretaria de Meio Ambiente de Presidente Figueiredo, que é responsável pela gleba onde estão localizadas as obras irregulares de ‘um político muito forte’ de Manaus, continuam sob forte esquema de esquecimento do prefeito Romeiro Mendonça e seu vice Mário Abrahão, que é primo do ex-deputado Hissa Abrahão, todos filiados no PDT.
A Área de Proteção Ambiental com as obras supostamente irregulares fica nas proximidades da Cachoeira da Pedra Furada, no quilômetro 60 da Estrada de Balbina, onde uma grande área de terra, com cachoeiras e mananciais de água estariam sendo devastada por conta da construção de um gabião no igarapé.
A denúncia foi feita pelo advogado e proprietário de terras nas proximidades, Mithan Corrêa, que no início de janeiro/2019, apontou a obra como sendo um crime ambiental, com a água do igarapé sendo desviada e a madeira sendo comercializada pelo proprietário, ilegalmente.

O suposto dono da propriedade, o empresário Deuzimar Maia da Silva (Dedeu) é irmão de Osimar Maia da Silva (o Troxa), que é dono da CDC Empreendimentos e que teve ligação empresarial com o ex-governador Amazonino Mendes, no caso o político forte e dono das obras, seria o próprio Amazonino.
APA Maroaga
Membros da APA Caverna do Maroaga, inconformados com o silêncio dado ao caso, dizem que o crime é mais antigo do que o anunciado pelo advogado Mithan. De acordo com nosso interlocutor, as terras que aparecem nas denúncias, através de fotos, era uma área que vinha sendo desmatada a muito tempo para pasto de bovinos, na surdina.
“O que o suposto proprietário fez agora foi a limpeza, só não se sabe o procedimento legal, se ele comunicou aos órgãos de proteção ambiental ou não”, enumerou.

O membro da APA disse ainda que não foi citada a abertura de um ramal até o local da construção de uma casa, além da mexida no igarapé. Esses dois itens podem ser considerados irregulares e crime ambiental, pela legislação. “Espera-se que não se faça arranjos, que se estabeleça algum tipo de multa e não deixe tudo por isso mesmo se o crime for constatado”.
Antes de tudo, espera-se que o prefeito e o seu vice Mário Abrahão saiam das sobras e venham a público dizer o que foi feito em termo de fiscalização e reparos nas obras supostamente vistas como crime ambiental.