Roraima deve ganhar primeira usina experimental de etanol até 2016

Criar alternativas para atração de investimentos para o desenvolvimento da agricultura familiar e da agroindústria no Estado é meta permanente do Governo de Roraima. Para isso, o secretário estadual de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos, João Pizzolatti, se reuniu com representantes do Gratt Indústria de Máquinas, grupo empresarial com mais de 12 anos de atuação na área de biocombustíveis, para tratar sobre a instalação de uma mini usina experimental para produção de etanol a partir do processamento da batata-doce. A expectativa é que a partir da aprovação, o projeto entre em operação em até 12 meses.O projeto inicial prevê capacidade de produção de cinco mil litros de etanol por dia, consumindo cerca de 31 toneladas de batata-doce do tipo “Duda”, desenvolvida no estado de Tocantins e que possui cerca de 32% mais amido que as demais variedades, o que reflete diretamente em ganhos na produtividade com redução de perdas. O etanol produzido será utilizado na fabricação de combustíveis e poderá ser vendido para distribuidoras de combustíveis, concessionárias de energia elétrica, ou até mesmo, utilizado para abastecer a frota de veículos do próprio governo, gerando economia para o Executivo. Já os resíduos da produção serão usados para ração animal.


 

Além de ajudar a desenvolver o segmento da agroindústria, a implantação da mini usina de etanol vai gerar empregos diretos e indiretos. Para o secretário estadual de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos, João Pizzolatti, o sucesso do projeto experimental deve atrair novos investimentos no setor. “Esse é um projeto definido pela governadora Suely Campos, que está determinada a desenvolver a agricultura em todas as escalas, desde a familiar até os grandes produtores. A ideia é criar condições para que os pequenos e médios tenham alternativas para produzir e gerar renda. Diante de bons resultados, grandes produtores também se sentirão atraídos a investir em Roraima”, explicou.

O projeto irá beneficiar diretamente, pequenos e médios produtores com áreas a partir de 30 hectares, que poderão produzir a batata Duda para a produção do biocombustível, chegando a 80 toneladas de batata por hectare. O tempo de cultura pode variar de quatro a sete meses, possibilitando até duas colheitas por ano.

Além disso, as condições climáticas de Roraima criam o cenário ideal para a cultura da batata, segundo o representante do grupo empresaria Gratt, Eleandro Gaio. “Roraima possui uma grande vantagem em relação a outras regiões devido ao seu solo arenoso, onde a batata se adapta muito bem. Além disso, a alta luminosidade contribui ainda mais. São uma hora e quarenta minutos a mais de sol todos os dias, o que impacta diretamente no aumento da produção”, disse.

(Roraima em Foco)

 

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