
A ampliação logística do projeto Manta-Manaus pode ser positiva para a Zona Franca de Manaus. A afirmação é do governador Wilson Lima.
A proposta foi lançada pelo governo federal em Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus). A expectativa é de que a nova rota aumente a competitividade dos produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM), com redução de até 25 dias no trajeto para exportar produtos do Amazonas para o exterior.
O lançamento contou com a presença da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos (MPOR), que estiveram no município para discutir as Rotas de Integração Sul-Americana, de Integração Nacional e projetos de portos e aeroportos do estado.
“Essa rota é fundamental, porque vai criar mais uma alternativa muito mais interessante do que a gente tem hoje. Um navio que sai com insumos da China para Manaus dura, em média, 45 ou 50 dias. Com essa rota, a gente pode economizar 15 ou 20 dias. Imagina o ganho de logística para que esse produto chegue em Manaus”, destacou o governador.

A rota deve ser finalizada até 2026 e de acordo com o Governo Federal, o projeto já está inserido no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) como prioritário. A ministra do planejamento ressaltou o ganho em competitividade que o novo trajeto trará ao estado.
Redução no trajeto
A Rota Manta-Manaus conecta o Polo Industrial de Manaus com o porto de Manta, no oceano Pacífico, no Equador. No percurso hidroviário, a rota passa pela cidade de Tabatinga, localizada na margem esquerda do rio Solimões, na tríplice fronteira entre as cidades de Letícia, na Colômbia, e Santa Rosa, no Peru. A seguir, o percurso continua por balsas pelo rio Napo, inicialmente por território peruano, sendo navegável até as cidades equatorianas de Puerto Providencia até Francisco de Orellana.
Dragagem dos rios
Com o objetivo de minimizar os efeitos da estiagem prevista novamente para a região, o Ministério de Portos e Aeroportos está organizando o plano de dragagem para o estado do Amazonas. O governador Wilson Lima havia solicitado apoio do Governo Federal para enfrentar os impactos da seca em 2024.