Quem deve estar muito sentido com a prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o candidato a vice-prefeito Marcos Rotta (PMDB), que disputa a prefeitura na chapa do prefeito candidato Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Rotta é do partido de Eduardo Cunha, com o qual mantinha estreito relacionamento na Câmara Federal. Era lá onde ele se aconselhava com o seu líder de bancada. Aqui em Manaus, inclusive chegou a convidar Cunha a participar do seu programa Exija os Seus Direitos, na TV Rio Negro, no mês de junho de 2015. Convite feito quando Cunha esteve aqui, com a Câmara Itinerante.
O deputado federal Marcos Rotta, que pretende ficar no lugar de Arthur Neto, numa eventual e hipotética vitória do tucano nesse pleito de 2016, era um dos deputados do Amazonas mais próximos do ex-presidente da Câmara, cassado pela Operação Lava Jato, nessa quarta feira (19), no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília.
Marcos Rotta seguia todos os ritos do gabinete de Cunha. Durante a votação do projeto de lei 4330/2004, que regulamentou contratos de terceirização no mercado de trabalho, que precariza as relações de trabalho, que na opinião das centrais sindicais e trabalhadores podem causar desempregos e redução de salários no Amazonas, teve o aprovo de Marcos Rota.
Rota votou pautas contra a economia do Amazonas, unicamente porque foi colocada em votação por Cunha. A devoção foi grande, mas não o suficiente para livrar o amigo da cadeia.
