
A lei de autoria do deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), que confere a denominação de “Arena da Amazônia Vivaldo Lima” ao novo estádio de futebol, conhecido como Arena da Amazônia, foi sancionada pelo governador Omar Aziz (PSD) e publicada no Diário Oficial do Estado do Amazonas. “É uma forma de homenagear um ícone do desporto, da saúde e da política do Estado do Amazonas”, explicou Ramos, referindo-se a Vivaldo Lima.
O baiano Vivaldo Lima, que veio para Manaus nos primeiros dias do ano de 1901 como médico de um dos navios do Lloyd Brasileiro, era além de médico humanitário, jornalista, intelectual e poeta, sendo um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e primeiro ocupante da cadeira nº 39 que tem hoje o seu nome como patrono. Foi também membro titular da Academia Amazonense de Letras (cadeira nº 29 que tem o patronato de Castro Alves.
Entre as funções que ocupou em Manaus, foi inspetor federal de saúde no Amazonas, onde deu grande contribuição à saúde pública, evitando a entrada da peste bubônica no Amazonas que, aquela época, era epidêmica no Norte do País; diretor do Ginásio Amazonense Pedro II e um dos fundadores e docentes da primeira lista da Universidade Livre de Manaós, no ano de 1909.Vivaldo Lima foi também grande incentivador do cultivo da juta e da borracha como soluções extrativistas para a economia regional.
Como desportista, destacou-se como presidente, benemérito e presidente de honra do Nacional Futebol Clube na segunda década do século XX, do qual se desligou, por discordar da exclusão do direito de voto dos atletas amadores, e com isso fundou o Nacional Fast Clube no ano de 1930 quando foi presidente de honra.