São Paulo gastará R$ 450 mil para pagar o salário-esposa em 2020

Criado em 1967, o Salário-Esposa existe até hoje e, neste ano de 2020, custará mais de R$ 450 mil aos cofres públicos de São Paulo, de acordo com a publicação no Diário Oficial do Município.


Ele é pago aos servidores públicos do sexo masculino em São Paulo, quando a mulher não tem um emprego.

No ano de 2018, cada funcionário com direito ao benefício recebeu o valor médio de R$ 3,39 por mês e há cerca de 10 mil funcionários recebendo o Salário-Esposa.

Este é um valor pequeno, ainda mais quando comparado ao orçamento da capital paulista, que é de R$ 68,9 bilhões, porém, acaba causando grande polêmica, porque há vários setores precisando de investimento.

Para se ter ideia, implantar equipamentos para as pessoas praticarem atividades físicas em praças públicas custa R$ 40 mil. Para fazer a cobertura de uma quadra esportiva em uma escola, o valor é de R$ 100 mil.

“Foi criado com base em um desenho de família totalmente ultrapassado, com a presunção de que tem um homem que sustenta a casa e uma mulher totalmente dependente dele que não trabalha fora“, protestou a vereadora Soninha Francine, que pretende acabar com este benefício. Ela alega ainda que metade dos lares no Brasil são chefiados por mulheres e elas trabalham muito.

Em 2018 a então vereadora Sâmia Bomfim também apresentou uma proposta para acabar com o benefício, mas até hoje nada foi decidido.

Basta o funcionário provar que tem uma companheira há 5 anos e que ela não tem atividade remunerada para ter direito ao Salário-Esposa. Mulheres também podem solicitar o benefício, desde que o marido esteja desempregado.

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