São Paulo, Rio, Porto Alegre… começam as grandes decisões

Poucos acreditavam, agora é final/Foto:Arquivo
Valdívia vai pro jogo? Só na hora/Foto: Divulgação
Valdívia vai pro jogo? Só na hora/Foto: Divulgação

Palmeiras e Santos entram no gramado hoje, domingo, no Allianz Parque, para fazer a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Fora de campo, porém, a decisão começou bem mais cedo. Ao contrário do que ocorreu nas semifinais, os dois clubes recorreram ao mistério, escondendo as escalações, fechando treinos e até abafando contusões: Valdivia, no caso do alviverde, e Robinho, pelo lado santista.
Na Academia de Futebol, o camisa 10 passou a semana inteira afastado dos treinamentos. Até esta sexta-feira, a justificativa era de que estava se preparando para o clássico, fazendo fortalecimento muscular; o meia, entretanto, tem um edema no joelho esquerdo.


Mesmo após o vazamento da lesão, o Palmeiras optou por não se posicionar. Da direção ao departamento de comunicação, nada foi dito sobre o chileno. O mistério ainda foi além: ao contrário do que fez durante todo o Paulistão, o alviverde decidiu não divulgar neste sábado a lista de relacionados. O meia deve começar a partida no banco de reservas.

O mistério é uma estratégia de Oswaldo de Oliveira, que se mostrou determinado a esconder o time. “Fernando Prass vai começar jogando”, brincou o treinador, ao dar a única pista sobre a escalação.

“Se você revela o que vai fazer, o adversário se prepara. Tem um pelotão que sai para trabalhar e trazer informações. Mudando um jogador, pode mudar muito o que acontece em uma partida”, explicou.

Já o Santos acredita que a lesão de Valdivia pode ser um blefe.

“A respeito do Valdivia. Não temos essa certeza, não dá para dar sorriso, ficar feliz”, disse o técnico santista Marcelo Fernandes, que foi auxiliar de Osvaldo de Oliveira no Santos.

O Santos, por sua vez, tentou esconder a lesão de Robinho, mas o UOL Esporte revelou na quinta-feira que o camisa 7 estava lesionado e que tem grandes chances de desfalcar o time na decisão. A notícia caiu como uma “bomba” na Vila Belmiro e, inclusive, iniciou uma investigação para saber de qual departamento do clube vazou a informação.

“Robinho está sob cuidados do departamento médico e vamos ter que aguardar. Não posso dar posição nesse sentido, situação médica. Estamos com problemas médicos e temos que esperar. Não é que estou melindrado, ou quero esconder. É necessidade, um fato”, afirmou Marcelo Fernandes.

Os santistas optaram por “abafar” a informação do edema muscular de Robinho para não favorecer Oswaldo de Oliveira.

Robinho não treinou durante a semana e o mais próximo que chegou do campo foi quando apareceu, de chinelos, na frente do Hotel Recanto dos Alvinegros, na quinta.

Os times

Cleiton Xavier treinou na vaga de Valdivia e deve ser o escolhido para o meio-campo. Zé Roberto, que também passou a semana em tratamento de lesão, afirmou nas redes sociais que a hora é de “ir para o sacrifício”.

O Palmeiras tem ainda os retornos de Vitor Hugo, Victor Luis e Leandro Pereira, que estavam suspensos. O primeiro deve ser titular.

Sem Robinho, Marcelo Fernandes testou duas formações. Cicinho pode ser o escolhido e voltar ao time titular. Com isso, Victor Ferraz seria deslocado para a lateral esquerda, e Chiquinho jogaria no meio-campo, na posição de Robinho, atuando aberto na esquerda.

A segunda opção de Marcelo Fernandes é o meia Marquinhos Gabriel na vaga de Robinho, como já ocorreu diante do Marília na fase de grupos do Campeonato Paulista. Gabriel Barbosa, o Gabigol, virou a terceira opção no ataque e só deve entrar no decorrer da partida.

PALMEIRAS X SANTOS

Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data/Horário: 26/4/2015, às 16h
Árbitro: Vinicius Furlan
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Junior e Anderson Jose de Moraes Coelho

PALMEIRAS: Fernando Prass; Gabriel, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca e Robinho; Rafael Marques, Cleiton Xavier e Dudu; Gabriel Jesus. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

SANTOS: Vladimir; Victor Ferraz, David Braz, Werley (Paulo Ricardo) e Chiquinho (Cicinho); Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel (Chiquinho). Técnico: Marcelo Fernandes.

Os menos cotados no RJ

Poucos acreditavam, agora é final/Foto:Arquivo
Poucos acreditavam, agora é final/Foto:Arquivo

Após superarem rivais favoritos nas semifinais, Vasco e Botafogo iniciam neste domingo, às 16h, no Maracanã, a disputa pelo título do Campeonato Carioca. E apesar de toda disputa em campo, os times alvinegros apostam também nos números para alcançar a taça de um campeonato recheado por polêmicas – inclusive nas disputas que definiram os finalistas.

Pelo lado do Vasco, a confiança é no retrospecto geral em confrontos contra seu maior rival no Rio de Janeiro. Com 138 vitórias e apenas 88 derrotas diante do Botafogo na história, o Cruzmaltino tenta manter a superioridade para encerrar um jejum que já dura 13 anos – último título estadual foi em 2003.

Já o Botafogo aposta na vantagem que tem sobre o rival de São Januário em finais, principalmente nas decisões estaduais, onde o time nunca perdeu para o Vasco. O clube de General Severiano venceu todas as disputas de título carioca entre os times – 1948, 1968, 1990 e 1997.

Em outras cinco decisões, o Vasco só venceu uma – Taça Guanabara de 1965. No total, são nove finais, com oito títulos para os botafoguenses. A missão é manter escrita e “empurrar” o Vasco para seu maior período sem títulos estaduais na história.

“Clássico não tem favorito. Termos a vantagem dos empates, mas o próprio Botafogo já provou como isso pode rapidamente mudar de lado [ao ser derrotado pelo Flu no primeiro jogo da semifinal]. O Botafogo tem um DNA ofensivo e não sabe jogar pelo empate. Vamos jogar para frente, como sempre fizemos. O Vasco é um grande adversário e não está na final sem motivos”, comentou o técnico botafoguense, René Simões.

Para a decisão deste domingo, o treinador não poderá contar com o meia Jóbson, suspenso pela Fifa por quatro anos se recusar a fazer um exame antidoping no período que atuou pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Outro desfalque é o meia Elvis, que se lesionou na semifinal contra o Fluminense.

Recuperado de uma pancada no tornozelo, o atacante Bill, que era dúvida até o treino da última sexta-feira, não deve ser problema para o time campeão da Taça Guanabara e que joga por dois empates para ficar com o título do Carioca.

Em São Januário, Doriva não tem lesões para se preocupar na hora de montar seu time. Com todos os atletas à disposição, o treinador do Vasco deverá repetir a formação inicial que venceu o Flamengo no último jogo e se garantiu na decisão.

Mesmo com o time completo e um histórico favorável, o comandante cruzmaltino não quer saber de números ou vantagem. “Estatística é boa para observar, mas é um jogo novo, chance de escrever nova história. Não influencia em nada. Tem que focar no jogo, fazer a leitura correta do momento e colocar em prática nosso jogo”, comentou Doriva.

VASCO x BOTAFOGO

Data e horário: 26/04/2015 (domingo), às 15h00
Local: Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Luis Antônio Silva Santos (RJ)
Auxiliares: Wagner Almeida Santos (RJ) e Silbert Faria Sisquim (RJ)

Vasco
Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Guiñazu, Serginho, Júlio dos Santos e Marcinho; Dagoberto (Rafael Silva) e Gilberto
Técnico: Doriva

Botafogo
Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Thiago Carleto; Marcelo Mattos, William Arão, Gegê (Tomas) e Fernandes; Rodrigo Pimpão e Bill
Técnico: René Simões

Outras vez o Grenal

 Como sempre, o Grenal  no Sul/Foto: Divulgação
Como sempre, o Grenal no Sul/Foto: Divulgação

Grêmio e Internacional já perderam em 2015, mas precisam fazer força para lembrar do último tropeço. Com mais de 10 partidas de invencibilidade na temporada, os rivais se encontram hoje, domingo (26), na Arena, para o jogo de ida da final do Gauchão. O confronto tradicional tem um aperitivo a mais desta vez: vale a primeira volta olímpica após uma decisão nos dois novos estádios da cidade.

Em 2014, o Grêmio até jogou na Arena a primeira partida da final do estadual – e perdeu por 2 a 1, mas o Inter mandou a decisão em Caxias do Sul, no estádio Centenário. Antes disto, o título foi erguido no estádio Olímpico ou no Beira-Rio antigo. Sem cobertura e reforma nas arquibancadas.

Para o tricolor, também vale a quebra do jejum que existe desde 2010 – ano da última taça conquistada pelo clube. E a chance de carimbar a casa do rival, reaberta no ano passado e que ainda não teve nenhum troféu erguido por lá. Para o colorado é a chance do pentacampeonato consecutivo. Campeão entre 2011 e o ano passado, o time deu uma pausa na Libertadores e não deve poupar nenhum medalhão.

O Grêmio não sabe o que é derrota há exatos 71 dias. São mais de dois meses desde a partida que terminou com 1 a 0 para o Veranópolis, na Arena. Doeu e muito. Foi neste jogo que o técnico Luiz Felipe Scolari abandonou o reservado antes mesmo do apito final. Após a partida, em entrevista coletiva, disse que seria impossível passar mais vergonha e que nenhum grito mudaria o quadro. Desde então o grupo se uniu, contou com retornos importantes como Giuliano e Pedro Geromel, contratou jogadores úteis, como Maicon, Braian Rodríguez e Cristian Rodríguez, e cresceu de rendimento.

Depois foram 11 vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. A classificação para final do Gauchão veio com o segundo lugar na primeira fase, eliminação do Novo Hamburgo nos pênaltis e duas vitórias sobre o Juventude. Em campo, Felipão tratou de fechar os treinamentos da semana. Foi assim na quarta, quinta e sexta-feira. Mas, ao contrário do esperado mistério, o treinador revelou abertamente o time titular, o mesmo que enfrentou o Juventude na semifinal. A única surpresa que pode acontecer é Yuri Mamute, que foi relacionado apesar de recuperar-se de uma entorse no tornozelo direito e está relacionado. Cristian Rodríguez volta após uma lesão muscular na coxa direita e pode ser utilizado no decorrer do duelo.

“Se eu pudesse ganhar sem jogar, só no par ou ímpar, seria melhor. Mas tem que jogar. Contra o Inter ou qualquer um”, disse Felipão.

No Internacional são 13 partidas sem derrota e uma reversão de contexto. Antes criticado internamente, e até ameaçado de demissão, Diego Aguirre agora é respaldado. Pela invencibilidade, mas principalmente pelo futebol apresentado. A goleada diante da Universidad de Chile foi estopim para uma onda de elogios e empolgação no Beira-Rio.

Em campo, com menos dias para trabalhar do que o rival – pois jogou na quarta-feira contra o Strongest, o técnico uruguaio fez todo o mistério que pôde. Em entrevista coletiva não descartou ninguém, nem mesmo o recém lesionado Lisandro López. Apesar das palavras do treinador, o argentino está fora. Assim como Juan e Nilton.

“Temos responsabilidade porque temos que tentar ganhar, não tinha pensado nisso. Não é decidir em casa que será uma pressão. Se nós analisarmos o rendimento do Inter, talvez nosso melhor jogo tenha sido no chile, não no Beira-Rio. A mim ser local (mandante) é relativo. É vantagem, mas não decisivo”, afirmou Aguirre.

FICHA TÉCNICA
GRÊMIO X INTERNACIONAL

Data e hora: 26/04/2015, às 15h00 (Manaus)
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Árbitro: Anderson Daronco
Auxiliares: José Javel e Julio César dos Santos

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Pedro Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Fellipe Bastos, Maicon, Giuliano, Douglas e Luan; Braian Rodríguez
Técnico: Luiz Felipe Scolari

INTERNACIONAL: Alisson; William, Alan Costa, Ernando e Geferson; Rodrigo Dourado, Aránguiz, Eduardo Sasha, D’Alessandro e Valdívia; Nilmar
Técnico: Diego Aguirre

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