Depois de todas as conversas, alertas e acordos firmados com o pessoal que dirige a fábrica Flextrônics, que produz os celulares da Morotola em Manaus, nada foi resolvido e o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindimetal) decidiu que a única forma de pôr um fim no problema, é parar a empresa por tempo indeterminado.
Conforme denúncia rotineira ao Sindmetal, a Flextrônics continua servindo uma alimentação de péssima qualidade, empregando pessoas pelo regime explorativo do sub-emprego e pagando os piores salários do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Sem mesa no restaurante
Na quinta-feira (22), o presidente dos do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana recebeu uma fotografia onde aparece funcionários da Flextrônics/Motorola no restaurante, alguns deles se alimentando em pé.
A empresa tem mais de 1.000 trabalhadores pelo regime temporário, que são mandados embora a cada três meses sem direito a nada. Além de burlar a Lei do Trabalho, a Flextrônics/Motorola serve mal até nos transportes lotados e sem acento suficiente e obrigando as pessoas andarem em pé.
Fotografia
A fotografia do restaurante foi enviada por um funcionário, que além da alimentação de quita categoria, ele denuncia maus-tratos, assédio moral e que a empresa tem praticamente obrigado os trabalhadores a se alimentar em pé, durante o almoço e o café da manhã.
Diante do quadro cada dia pior, Valdemir diz que a solução “é parar a empresa por tempo indeterminado” e chamar a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Ministério da Economia/Trabalho para visitar essa empresa de surpresa.
De acordo com o presidente da categoria, o Sindicato vai resolver o problema nessa semana que entra. “Vamos resolver o problema de vez. A senzala Flex/Motorola não vai continuar do jeito que está”, garante Valdemir Santana.