Sem licitação, Governo vai gastar R$ 6,3 bi em blindados para o Exército

As empresas foram contratadas sem licitação.

O Exército pretende gastar nos próximos anos R$ 6,3 bilhões para atualizar e equipar sua frota de veículos blindados. O governo de Michel Temer fechou em 2016 dois contratos envolvendo os blindados Guarani: um deles com a montadora Iveco e outro com a subsidiária brasileira da fabricante israelense de armamentos Elbit.


O contrato com a Iveco, de R$ 6 bi, prevê a entrega de 1.580 veículos blindados até 2035. Com a empresa Ares, ligada à israelense Elbit, o prazo é mais curto. Serão 215 torres de armamentos para equipar esses veículos, ao custo de R$ 328 milhões, entregues ao longo dos próximos quatro anos.

O Exército informou que os pagamentos dependerão da disponibilidade de recursos do governo federal para esses projetos e que, no caso das torres, o cronograma ainda não foi definido e será montado “conforme a descentralização de recursos” do governo.

Disse ainda que os compromissos com as contratadas podem ser ajustados ao longo da vigência do acordo.

As duas empresas foram contratadas sem licitação.

Questionado sobre a contratação de despesas dessa magnitude em um período de acentuada dificuldade financeira do governo federal e de ajuste fiscal, o Ministério da Defesa orientou a reportagem da Folha a procurar o próprio Exército.

Os valores que serão gastos com os blindados correspondem a mais do que um ano de despesas da Câmara dos Deputados, por exemplo.

As empresas foram contratadas sem licitação.

O Orçamento do Exército para 2017 foi estimado em R$ 40,8 bilhões –a maior parte para o pagamento de pessoal. Os investimentos para este ano (despesas com aquisição de equipamentos, obras ou instalações), segundo o projeto de lei orçamentária, seriam de R$ 1,8 bi.

Reclamações de militares sobre a escassez de recursos se tornaram frequentes nos últimos anos. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse no ano passado que os cortes do governo federal poderiam provocar “perda de tecnologia” e problemas materiais.

Em mensagem em dezembro, o comandante disse prever para 2017 “o agravamento das dificuldades que assolam o país, com reflexo negativo no nosso orçamento e nos nossos salários”.

Os militares, porém, ficaram de fora da proposta de Temer para a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras do governo para este ano.

Fonte: UOL

Artigo anteriorLula lança candidatura a Presidente, nessa sexta feira, 20 de janeiro
Próximo artigoRio Grande do Norte tem nova rebelião em presídio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui