Seminário sobre transporte hidroviário é lançado em Manaus

Encontro de lançamento do Seminário, em Manaus/Foto: Divulgação

Manaus receberá pela primeira vez o 9º Seminário de Transporte e Desenvolvimento Hidroviário Interior, em outubro deste ano, reunindo especialistas, pesquisadores, estudantes e empresários de todo o país, que debaterão os entraves do transporte hidroviário brasileiro, cujo  lançamento foi realizado ontem (04), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
O seminário é organizado a cada dois anos pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena). O evento ocorrerá no período de 6 a 8 de outubro. A expectativa é haja a participação de 300 pessoas de vários segmentos relacionados à navegação e construção naval.


O diretor-adjunto da Sobena, Thiago Lemgruber explicou, durante o lançamento, que as discussões ao longo do seminário tratarão dos principais gargalos do desenvolvimento hidroviário e da navegação interior. Os temas envolverão a Bacia Amazônica e o cenário nacional da navegação.

Haverá sessões com apresentação de trabalhos técnicos, painéis de debates sobre tópicos mais relevantes do cenário atual, dentre eles: inovações em propulsão, segurança da navegação interior, construção naval, logística de transporte fluvial na Amazônia e recursos hídricos e sustentabilidade. Também estão previstas conferências selecionadas apresentadas por renomados técnicos, pesquisadores nacionais e internacionais.

“Vamos debater itens importantes para a segurança da navegação, para o desenvolvimento do escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste. Isso é importante porque a melhora da eficiência logística do Amazonas significa redução de custos da cadeia produtiva. Teremos painéis e debates com especialistas do setor de todo o Brasil. A comunidade local e a científica poderão discutir soluções para os gargalos”, destacou Lemgruber.

O período de inscrição do seminário da Sobena começa do dia 10 de agosto e segue até 30 de setembro de 2015, no site: www.sobena.org.br. O 9º Seminário conta com o apoio do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Ufam, do Instituto de Pesquisa em Transportes (Intra), do Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval), da ABS classificadora naval e do estaleiro Beconal.

Pesquisa Sindarma

Durante o Seminário da Sobena, a Pesquisa Sindarma foi apresentada. O estudo traz diagnósticos sobre transporte fluvial de cargas e passageiros nos rios que banham o Amazonas.

O estudo foi iniciado no final de 2013 e concluído no primeiro semestre de 2015. A pesquisa está dividida em quatro etapas: estudos básicos, dados sobre passageiros e cargas, banco de dados e diagnóstico operacional.

As duas primeiras etapas da pesquisa reúnem dados de estudos já existentes do setor, mas que não tinham sido explorados totalmente. As demais fases do estudo trazem levantamentos inéditos com dados coletados nas embarcações. O estudo foi desenvolvido por uma equipe técnica composta por nove pesquisadores, além da colaboração de alunos de mestrado e graduação.

De acordo com o coordenador-geral da pesquisa e especialista em transporte hidroviário de interior, José Teixeira, o objetivo do estudo foi criar um conjunto de ferramentas para guiar a tomada de decisão das empresas públicas e privadas, que operam no setor de transporte aquaviário misto.

“Conseguimos formar um conjunto de ferramentas para apoiar os melhores projetos de embarcações, onde essas embarcações poderiam ter maior eficiência, pois verificamos que há um desequilíbrio que afeta a saúde financeira das empresas de navegação. Além de oferecer uma série de estratégias para minimizar os problemas”, explicou o pesquisador.

O presidente do Sindarma, Dodó Carvalho, enfatizou a importância de diagnósticos para nortear as soluções dos problemas queafetam a navegação fluvial. “Um dos maiores problemas que o transporte fluvial de cargas e passageiros é a infraestrutura portuária, que é precária. Temos uma Manaus Moderna que é uma vergonha para nós amazonenses. Precisamos de terminais com uma estrutura melhor para embarque e desembarque de passageiro. Além disso, essa pesquisa pode guiar as políticas públicas e os investimentos da navegação”, avaliou.

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