Sete Lagoas registra três tremores de terra em menos de sete horas

Foto: Luiz Claudio Alvarenga

Os moradores de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, voltaram a sentir um tremor de terra, na noite de domingo (14), por volta das 20h. O abalo sísmico, com magnitude de 2.3 na escala Richter (considerado leve), foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira.


De acordo com especialistas, os tremores de baixa magnitude são comuns no Brasil.

“O tremor de 2.3 é considerado de magnitude fraca, é um micro-tremor. Na maioria dos casos, os tremores não são sentidos pela população. No caso de Sete Lagoas, pelo fato de o tremor acontecer dentro da cidade, esse tremor é sentido por vibrações. Ele não vai rachar casas. O susto maior é pelo som e vibração desse tremor”, explicou o professor George Sand, do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo.

Desde 2022, a cidade é monitorada por causa desses tremores. O último foi no dia 16 de dezembro. Outros abalos também foram registrados em 2022.

A Prefeitura de Sete Lagoas ainda não se posicionou sobre o assunto.

Foto: Luiz Claudio Alvarenga

Mas o que vem causando os tremores?

Muitos moradores acreditam que os abalos são causados pelo efeito de explosivos que seriam usados por empresas do município, mas a prefeitura já explicou que elas não usam mais estes dispositivos para a extração calcária. Ácido é utilizado neste trabalho.

A geografia da região influencia na ocorrência de tremores?

A cidade fica em uma região que está em cima de uma placa calcária. Ela vem sofrendo acomodações.

Na região, há cavernas subterrâneas que desmoronam ao longo do tempo. Elas estão a uma profundidade muito grande e não significa que o chão vai abrir, mas quando elas caem, o solo permanece intacto e o que se sente são os abalos.

Foto: Luiz Claudio Alvarenga

Histórico

Esse fenômeno não é uma novidade. Nos anos de 1984, 2009, 2017 e 2021 houve registros, mas não há motivo para preocupação porque é algo que pode acontecer em qualquer lugar do Brasil.

A maioria das trepidações é de magnitude igual ou abaixo de 3.0 na Escala Richter, o que é classificado como leve.

A Universidade de São Paulo (USP) tem um estudo que mostra que o aumento significativo da pressão da água em fraturas geológicas pode facilitar deslizamentos, causando tremores, mas os especialistas dizem que ainda não existem dados suficientes para afirmar nada com precisão.

Fonte: g1

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