Sinésio Campos é o filiado do PT a ser ‘abatido’ nas eleições internas da legenda

Presidente do PT-Estadual Amazonas - foto: recorte/redes sociais

O deputado Sinésio Campos não pode ser reeleito presidente estadual do PT-Amazonas. É uma questão de regimento interno, que não permite um terceiro mandato.


Contudo, esta é uma questão de tempo para o estatuto ser mudado ou tomada uma decisão definitiva de permanência da ‘carta magna’ do partido nos dias 05, 06 e 07 de dezembro, em Brasília, no Encontro Nacional da Legenda.

Foi o que disseram membros da executiva estadual do PT do Amazonas, com muita preocupação, diante de uma decisão favorável ao 3º mandato do atual presidente estadual do partido no Amazonas e eles não poderem ‘abater’, digo, defenestrar o atual ocupante do cargo.

Riscos e apoio à extrema direita

O risco de a Direção Nacional mudar o regimento e permitir que Sinésio seja candidato, pode mudar os rumos das possíveis candidaturas no Amazonas e até o embate político interno. O PT não discute mais ideias nem propostas, mas posições e atuações internas de seus membros.

Sinésio, por exemplo, é questionado sobre o seu apoio incondicional ao governador Wilson Lima (União Brasil), ao ponto de abandonar indicações da legenda, para apoiar e subir no palanque de candidatos da extrema direita, sem o mínimo de pudor.

O perigo é iminente 

Sinésio se mantém no 2º mandato mesmo diante de uma série de denúncias de desvio de conduta partidária, envolvimento com a extrema direita, a favor de pautas estaduais que confrontam com a política Lula para o Brasil, e pedido de expulsão do partido correndo na Direção Nacional.

Mas se nada disso acontecer, o deputado estadual, presidente do PT-Amazonas e dono de duas pastas de governo Wilson Lima, certamente vai lançar a sua secretária e membro da executiva estadual, Maria Dizioneide Cunha Barroncas (Neide), para estadual e ele, pra não perder a viagem, para a presidência do diretório municipal/Manaus.

Moderado

O outro candidato ao diretório estadual conhecido até o momento, vereador eleito José Ricardo, vê o processo por outro viés. Ele entende que o Processo de Eleições Diretas (PED) é para discutir propostas, segundo ele, para melhorar o funcionamento e atuação do PT e seu compromisso com a luta dos trabalhadores.

Não ao enfrentamento

“Não se trata de enfrentar uma pessoa. Espero que eu não esteja só nesta luta, para enfrentar esse dito poderio. Espero que outras forças políticas do PT queiram mudanças e reconstruir o PT, assim como Lula está tentando reconstruir o país”, disse.

A forma moderada com que o ex-deputado federal e atual vereador eleito, José Ricardo, pretende conduzir a sua candidatura, na verdade, conflita com boa parte da militância e membros da executivas estadual e municipal do PT no Amazonas.

O que se houve na militância é: Sinésio tem que ficar de fora do PT. A executiva Nacional tem que expulsar o ‘infiel’. Ele não é petista há muito tempo. Está abraçado com a direita. Defende garimpos em terras indígenas. Votou contra o aumento salarial dos professores”.

E muito mais.

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