
A partir de março, a Sony vai encerrar suas atividades na fábrica instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM). A fabricação dos produtos foi repassada para outros empresas e alguns funcionários foram selecionados para trabalharem na Mondial, que agora passará também a fabricar TVs.
A questão é que ainda existem vários trabalhadores, a maioria, correndo o risco de ficarem desempregados quando a Sony fechar as portas no PIM. A empresa tentou fazer um acordo, que não foi aceito pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), por considerar a proposta uma ‘farsa’, que tinha como objetivo encobrir as verdadeiras intenções dos diretores da empresa, em São Paulo.
“O acordo era para que os funcionários recebessem mais. Porém, o sindicato não aceitou por se tratar de uma farsa. Os trabalhadores seriam, praticamente, obrigados a permanecer trabalhando até o final das atividades da Sony e, se saíssem, perderiam todos os direitos trabalhistas. Uma chantagem”, disse o presidente do Sindmetal-AM, Valdemir Santana.
A direção da Sony informou, ainda, que os trabalhadores não deveriam homologar a rescisão de contrato no Sindicato. “O contrato está cheio de trechos errados, intencionalmente para prejudicar os trabalhadores. Nossos advogados vão analisar. Nenhum acordo pode ser feito se ele estiver desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, afirmou Santana.
Fechamento
Em setembro do ano passado, a Sony anunciou que irá encerrar suas atividades em Manaus e ao mesmo tempo a Mondil anunciando que comprou a unidade instalada em Manaus. A Sony fabrica TVs, equipamentos de áudio e câmeras fotográficas. De acordo com a Mondial, a empresa de eletrônicos vai produzir três novas linhas: ar-condicionado, televisão e micro-ondas.
A unidade fabril da Sony no PIM será fechada no próximo mês e as vendas de produtos de consumo como TVs, áudio e câmeras serão encerradas em seguida. Conforme comunicado, o encerramento das atividades em Manaus é justificado como uma resposta ao “ambiente recente do mercado e tendência esperada para os negócios”.