O Ministério da Saúde incorporará ao SUS duas tecnologias para prevenir complicações do vírus das infecções sinciciais (VSR), principal causa de infecções respiratórias graves em bebês.
O anticorpo monoclonal nirsevimabe protegerá bebês prematuros e crianças de até 2 anos com comorbidades, enquanto a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B será aplicada em gestantes, protegendo os recém-nascidos nos primeiros meses de vida.
A decisão foi tomada na 137ª Reunião da Conitec, que destacou o impacto positivo das medidas de redução de hospitalizações e óbitos infantis. Estudos indicam que a vacinação materna pode evitar 28 milhões de internações anuais. “A estratégia protegerá cerca de 2 milhões de bebês na fase mais vulnerável”, estima o ministério.
Dados sobre o VSR
O VSR causa 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. Estima-se que uma em cada cinco crianças infectadas necessite de atendimento ambulatorial e uma em 50 seja hospitalizada no primeiro ano de vida. Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros devido às complicações do VSR.
Até então, a prevenção no SUS era a restrição ao palivizumabe, indicado para prematuros extremos e crianças com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatias graves. Com o nirsevimabe, a proteção abrangerá 300 mil crianças a mais. Já a vacinação de gestantes beneficiará cerca de 2 milhões de recém-nascidos.
Prevenção
O VSR pode causar bronquiolite, pneumonia e infecções graves em bebês, sendo leve para crianças maiores e adultos. A reinfecção é comum, mas geralmente menos grave. Além das vacinas, a prevenção inclui evitar contato com resfriados, aglomerações e reforçar a higiene das mãos. “O aleitamento materno também reduz a susceptibilidade ao VSR”, destaca a enfermeira Ivone Amazonas, do Cofen.
Fonte: Ascom/Cofen, com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde
