
A decisão do governo brasileiro de criar um “escritório diplomático” em Jerusalém desagradou o grupo palestino
A visita do presidente Jair Bolsonaro a Jerusalém não agradou ao Hamas, o grupo terrorista palestino que controla a Faixa de Gaza. Através de uma nota, o movimento condenou a passagem do líder brasileiro pela região disputada por israelenses e palestinos.
“Em particular, o Hamas denuncia a visita do presidente brasileiro à Cidade Sagrada de Jerusalém acompanhada do primeiro-ministro de Israel”, diz o texto. “O Hamas também condena os planos de abertura de um escritório de negócios do Brasil em Jerusalém.”
Pedindo para que os países árabes reajam contra a abertura do escritório diplomático, o Hamas declarou que “esta política não ajuda a estabilidade e segurança da região” e que tal medida “ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos”.
A decisão de abrir um escritório diplomático em Jerusalém foi a alternativa do governo para não prejudicar o comércio com os países árabes, principais exportadores dos produtos brasileiros.

Bolsonaro prometeu transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, mas resolveu adiar tal medida para não impactar negativamente essas negociações, um pedido feito pelo Ministério da Agricultura.
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Na nota, o grupo palestino, apontado como uma entidade terrorista por Estados Unidos e Israel, pede que o Brasil reverta sua política para a região e pede que a Liga Árabe pressione o governo brasileiro para por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos.
“Essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos”, conclui o texto.
Mais cedo, Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado do premiê Binyamin Netanyahu. O muro, que é o lugar de culto mais importante para os judeus, Bolsonaro e Netanyahu fizeram uma oração e acenaram para a imprensa.
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