Tribunal Penal Internacional pode julgar Bolsonaro por genocídio aos povos indígenas

Denúncia de genocídio contra Bolsonaro no TPI tem repercussão internacional - foto: arquivo

O Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos e pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns apresentou na quarta-feira (27) no Tribunal Penal Internacional (TPI) uma denúncia contra o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, acusado de incitar o genocídio de povos indígenas.


O processo repercutiu na imprensa fora do país, que se questiona nesta quinta-feira (28) se o chefe de Estado pode ser processado por crime contra a humanidade.

Mesmo se o TPI ainda deve avaliar se aceita ou não a denúncia para abrir um processo de investigação, vários jornais estrangeiro e agências de notícias internacionais já repercutem o caso.

O diário português Público explica que a iniciativa entregue em Haia “sublinha afirmações do presidente brasileiro contra populações indígenas e o esvaziamento de instituições de controle e fiscalização das florestas”.

The Guardian também lembra que “desde que assumiu o poder em janeiro, Bolsonaro menosprezou repetidamente os povos indígenas do Brasil, os comparando a animais de zoológico e ‘homens pré-históricos’”. O diário britânico ressalta ainda que o chefe de Estado teria incentivado a invasão de reservas indígenas para empresas de mineração.

O jornal mexicano El Debate, que descreve a denúncia entregue à procuradora do TPI Fatou Bensouda ressalta que, segundo os advogados que apresentaram a queixa, “os recentes incêndios na Amazônia, com imagens da floresta em chamas que deram a volta ao mundo, provocaram danos ambientais e sociais dificilmente reversíveis”.

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