Valente, raivoso, aos gritos e armado, deputado bolsonarista invade hospital no Rio

Covid-19: aos gritos, deputado bolsonarista invade hospital de Campanha no Rio - foto: recorte/vídeo

Na última quarta-feira (27), o deputado estadual Filippe Poubel (PSL) invadiu, acompanhado de seguranças armados, as inacabadas instalações do hospital de campanha em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.


A ação toda foi transmitida ao vivo nas redes do deputado , que esperou 30 minutos, aos gritos, antes de invadir as dependências do hospital que deveria ter sido inaugurado naquele dia.

“Eu ia ser calmo, brando, nessa fiscalização. Agora, vou tocar o terror”, alertou Filippe Poubel à situação.

Integrante da ala apelidada ” bolsonarista ” do PSL carioca, o mandatário chegou por volta das 15h00 à portaria do hospital, cuja inauguração estava prevista para horas depois.

Após 10 minutos, o mesmo começou a disparar golpes no portão e xingar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). “Cambada de ladrão, safado”, bradou.

Repetindo ter embasamento legal para a fiscalização surpresa, o deputado acionou a polícia e, antes mesmo da chegada das autoridades, ele ordenou que seus seguranças armados acessassem a obra pelos fundos.

Com a chegada da PM, um funcionário do IABAS – instituto responsável pela obra – entreabriu o portão para denunciar a presença dos seguranças armados do deputado dentro do perímetro.

Aproveitando a deixa, Poubel entrou nas instalações, gritou com funcionários do Iabas e da secretaria estadual de Saúde, chegando a berrar contra um representante do instuto. Contido por um policial, o deputado seguiu até a caixa d’água, afirmando que sua intenção era provar que o saneamento não estaria concluído.

Prometida para abril, a inauguração foi adiada pela quarta vez. O Iabas é investigado no inquérito que apura irregularidades nos contratos emergenciais para combate à Covid-19 no Rio.

Em nota, Poubel negou qualquer irregularidade na fiscalização. “Não há credibilidade na informação passada por um instituto envolvido reiteradamente em casos de corrupção e desvio de dinheiro público”, afirmou ele. O Iabas não se posicionou.

As informações são da Folha.

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