Equipamentos de saúde, mesas, cadeiras e outros objetos que pertencem ao Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Manaus, estão sendo doados sem autorização da Justiça, segundo denúncia feita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos (COMDIH) da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Samuel (PPS).
O parlamentar recebeu a denúncia no seu gabinete, juntamente com fotos que apontam para a ação ilegal. As fotos mostram caminhões saindo do Hospital com diversos equipamentos que pertencem à Santa Casa. A denúncia foi formalizada nesta quarta-feira, junto ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio de ofício.
“É com profunda indignação que trago esta denúncia a público. Temos lutado pelo restabelecimento da Santa Casa e fomos informados que estão ocorrendo doações de materiais do Hospital. E pelo processo cível, o mesmo que destituiu a antiga gestão e nomeou novos gestores, a doação não é permitida já que ainda não foi decretado o fechamento definitivo do local”, explicou.
Além da denúncia formalizada junto ao MP-AM, o parlamentar fez uma Indicação junto ao Governo do Estado propondo a intensificação de policiamento no entorno da Santa Casa de Misericórdia. A proposta de n° 0894, tem o objetivo de coibir a ação de vândalos que também estão invadindo, saqueando, roubando e depredando as dependências do Hospital, que está desativado há dez anos.
“No começo deste mês protocolamos um requerimento convocando a presença dos novos gestores da Santa Casa, para que apresentassem as metas e planejamento da nova gestão, mas não fomos atendidos até agora. E agora, com esta denúncia de doações as quais, o processo na Justiça não autoriza, o fato se torna mais grave. Nosso pedido ao Ministério Público é que investigue para que esse ato seja esclarecido à população. Não vamos desistir da Santa Casa”, concluiu.
Nova administração
No mês passado, a juíza da 8ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, Onilza Abreu Gerth determinou a intervenção do hospital e nomeou novos administradores para a instituição: Tiago Queiroz de Oliveira, Claudivan Afonso Ozório de Carvalho e Alfredo José Souto Loureiro
