Violência no âmbito escolar: o agressor e a vítima – por Genoveva Ribas Claro

Genoveva Ribas Claro, coordenadora do curso de Psicopedagogia da Uninter/Foto: Divulgação

A violência entre os jovens e adolescentes tornou-se um desafio para as instituições de ensino, com prejuízos para os diversos envolvidos: agressor e agredido, professores, pais e, porque não dizer, toda a sociedade. A falta de estrutura para combater a violência e tomar medidas preventivas tem como consequência o comprometimento físico, emocional e social de todos.


Para ajudar na busca de soluções, tanto a curto quanto a longo prazo, o Estado e as instituições de ensino precisam compreender as adversidades da violência, que ultrapassam os limites do muro da escola. Assim, se faz necessária uma investigação das concepções de mundo no século 21.

A comunicação de massa e o avanço dos meios tecnológicos, por exemplo, provocam sérias alterações nos comportamentos, serviços e produtos. Há um comprometimento da ordem social e uma dissolução da identidade do ser humano.

Os discursos cinematográficos – das telenovelas, telejornais e desenhos animados –, provocam a banalização dos sentidos. Diante do global, objetos, acontecimentos e pessoas locais tornam-se insignificantes.

A sociedade desvela uma multiplicidade de desejos, prazeres e personagens raramente acessíveis à maioria da população brasileira. Nesse entusiasmo delirante que a economia neoliberal proporciona, em busca da felicidade via posse de bens, os jovens são os mais afetados.

Genoveva Ribas Claro, coordenadora do curso de Psicopedagogia da Uninter/Foto: Divulgação

O mundo globalizado e o capitalismo impactam todos os atores que participam do processo educativo e da sociedade em geral. Logo, é preciso estabelecer, junto às instituições de ensino e de gestão, um novo paradigma. Para isso, é necessário conhecer os aspectos que levam cada vez mais jovens a se envolverem em práticas violentas ou perigosas, resultantes dos processos históricos e da expressão política.

Com isso, é possível construir a base material para uma revolução epistemológica e uma nova concepção de educação. Não apenas considerando a interdisciplinaridade, o pensamento complexo e as diversidades culturais, mas compreendendo também o espaço que a violência ocupa nas práticas educativas.

Diante de tal situação, é preciso buscar respostas para a violência. Fazer uma análise sobre os fatos, encontrar soluções convincentes para as atitudes contestadoras desses alunos, que se mostram como um dos maiores desafios a serem enfrentados pelos educadores.

Genoveva Ribas Claro, coordenadora do curso de Psicopedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter.

Artigo anteriorÁguas de Manaus inicia campanha “Zera Dívida”, neste sábado (26)
Próximo artigoMinistério da Educação adia inscrições do ProUni e do Fies

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui