
Um disse-me-disse, troca de farpas e acusações, vêm gerando uma crise institucional que coloca em lados opostos autoridades do sistema de segurança do Estado do Amazonas: o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, o comandante da PM, coronel Gouvêa, Ministério Público, a desembargadora Graça Figueiredo e, agora, o Exército. E, de outro lado, o secretário de Administração Prisional, coronel Louismar Bonates, e o juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Luis Carlos Valois.
O motivo da discórdia, que pelo visto vai ter ainda muitos desdobramentos, é o resultado da revista surpresa realizada ontem, quarta-feira, pela manhã, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, que, dentre outras coisas, encontrou 35 celas Vips, quase todas elas com acabamento em porcelanato, e equipadas com frigobar, TVs de Led, e cozinhas bem abastecidas com comidas.
A revista deixou superirritados o secretário da SEAP, coronel Bonates, e o juiz Luis Carlos, que, como maridos traídos, não foram avisados que a ação seria realizada.
Os dois convocaram as mídias e esbravejaram contra Sérgio Fontes, o comando da PM, o MPE, afirmando que eles deveriam ser avisados antes. Em um momento de fúria, Valois, se sentindo o próprio “dono de todo sistema prisional”, disse que revistas como aquela só iriam acontecer agora com sua prévia autorização.
A reação às declarações de Valois e Bonates, foi imediata. Sérgio Fontes, o procurador de Justiça Fábio Monteiro, e o comandante da PM disseram que o combate aos desmandos no sistema prisional irão continuar doa a quem doer.
A briga chegou às redes sociais com o apoio total dos internautas a Fontes, a Polícia, ao MPE e ao Exército. As críticas foram todas direcionadas a Valois e a Bonates.
A confusão envolveu até o governador José Melo, que se colocou ao lado de Fontes e de seus aliados, ao afirmar que ele, o governador, tinha autorizado a revista e deu um recado a Bonates: “quem não se enquadrar no perfil do governo estará fora do governo”.
Teve policial, também, que se manifestou fazendo duras críticas à direção da SEAP pois, segundo alguns deles, vez ou outra, vêm sendo colocadas em liberdade, quadrilhas de narcotraficantes, consequentemente, em defesa de bandidos ligados ao crime organizado: “há muito tempo a conduta desse magistrado é questionável”, disse um investigador.
Estamos ferrados. Futuramente os homens de bem terão que se defender dos marginais e do judiciário.tudo é faz-de-conta .
Tudo muito estranho. Só podia ser aqui. Quem é o sujeito que tem regalias? Uns querem fazer jus aos salários que recebem outros querem impedir. Se fosse um funcionário público qualquer já estaria acabado. Os marginais ganharam…..