
A 4ª Conferência da Amazônia, realizada nos dias 17 a 19 de maio, na Capital do Acre, Rio Branco, com o objetivo de reunir as forças políticas progressistas da Amazônia, os movimentos sociais organizados e as novas expressões de organizações sociais para retomar o papel protagonista em um projeto alternativo de vida sustentável na região.
O evento, que reuniu delegações dos estados do Norte, é promovido pelo Partido dos Trabalhadores, pela Fundação Perseu Abramo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a União Nacional dos Estudantes, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), pelo Comitê Chico Mendes, o Grupo de Trabalho Amazônico e o Conselho Nacional dos Seringueiros.
Cerca de 500 pessoas estiveram presentes na Conferência em Rio Branco. Lideranças políticas, dos movimentos sociais e as forças políticas progressistas da Região Norte organizadas e as novas expressões de organizações sociais para retomar o papel protagonista em um projeto alternativo de vida sustentável na Amazônia.

Entre as lideranças presentes, estavam também o governador do Acre Tião Viana, o ex-ministro e vice-presidente do PT Luiz Dulci, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Joaquim Soriano, os senadores Jorge Viana (AC) ePaulo Rocha (PA), o ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre, a prefeita Socorro Neri, ex- senador João Pedro, entre outros.
Estiveram presente a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o coordenador do Plano Lula de Governo, Fernando Haddad, reforçaram a importância de candidatura do ex-presidente para barrar os retrocessos impostos pelo governo ilegítimo de Michel Temer desde o golpe de 2016.
Programa de Governo e Amazônia
A presidenta nacional do PT parabenizou a iniciativa popular e lembrou que as propostas apresentadas farão parte do programa de governo petista, que será apresentado junto com a candidatura de Lula à Presidência da República.
“Tudo que for discutido aqui servirá como base para a elaboração do programa de governo que nós apresentaremos para o povo brasileiro junto com a candidatura de Lula. O ex-presidente foi um dos que mais destinou recursos para os estados dessa região porque ele sabe que essa parte do Brasil também precisa se desenvolver”, afirmou.

Durante o encontro que tiveram com Lula na quinta-feira (17), Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann aproveitaram para debater com o ex-presidente novas diretrizes do plano de governo que pretende devolver o Brasil ao povo brasileiro após a série de ataques democráticos impostos desde o golpe de 2016.
“O que Lula deixou para mim foram diretrizes que ele imagina ser a arquitetura do seu terceiro mandato. Ele me deixou uma série de solicitações. Agora temos uma derradeira etapa para a validação das estancias partidárias e a consolidação do Plano Lula de Governo”, explicou Haddad.
Sobre as condições do ex-presidente, mantido como preso político desde o dia 7 de abril, Haddad foi enfático: “O Lula está em forma tanto intelectual quanto física para este embate. Ele sabe que o que está em jogo é o futuro do Brasil”.
Candidatura de Lula
Quando perguntada sobre como tem sido os encontros com Lula na sede da Polícia Federal, Gleisi voltou a tranquilizar os seus milhões de admiradores. “O Lula é uma fortaleza. Ele tem muita noção do que representa para o Brasil. Ofereceram asilo e embaixadas. Ele poderia ter ido para o Uruguai e pedido asilo quando esteve na fronteira. Mas ele preferiu ficar com o povo!”
“Após 40 dias preso, Lula continua na liderança nas pesquisas de intenção de voto. Não tem ninguém que preencha a esperança do povo brasileiro. Aliás, só aumenta a empatia do povo pelo ex-presidente Lula. As pessoas sabem que é uma sacanagem o que estão fazendo com ele”, argumenta Gleisi.“A nossa definição é que vamos registrar a candidatura de Lula e lançar mão de todos as possibilidades jurídicas para viabilizá-la. Mais uma vez repito: agora não existe plano B. Existe plano Lula”, argumentou Gleisi.

“Lula está seguro de que a candidatura será registrada. Sabemos que é um processo que envolve muitos poderosos. Isso envolve também a soberania popular. Temos que evitar mais um tapetão”, ressaltou Haddad no evento, que terminou com o belo ato Lula Livre Amazônia em frente ao Palácio do Governo.
Ao final da 4ª Conferência da Amazônia foi lançada a Carta de Rio Branco, documento onde constarão as diretrizes para um plano de governo da esquerda para a Amazônia, primando por políticas sociais, culturais e ambientais – bandeiras históricas de luta da esquerda brasileira.