5 de Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente(Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

A ONU deliberou, na Resolução n. 2.994, de 14 de janeiro de 1999, a comemoração do Dia da Ecologia e do Dia Mundial do Meio Ambiente.


O Dia do Meio Ambiente é importante para que se notem certas transformações que estão ocorrendo na Terra e, sobretudo, como essas transformações estão afetando a vida de todos os seres vivos.

Meio ambiente é um termo que engloba tanto a paisagem de uma região do mundo como as condições que influem no tipo de vida  que as pessoas, os animais e as plantas podem levar. Abrange três setores: biosfera, hidrosfera, e atmosfera. A biosfera é a camada mais próxima à superfície da Terra. A atmosfera circunda a biosfera e a protege dos raios do Sol, contribuindo para manter a superfície do planeta com uma temperatura relativamente constante.

De fato, a interdependência existente entre os seres vivos e o ambiente em que vivem é tão importante, que deu origem à ciência que estuda esse relacionamento: a Ecologia. A palavra Ecologia foi criada, em 1866, pelo naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel. O vocábulo é de origem grega e significa: OIKOS=habitação, e LOGIA= estudo, ou seja, estudo das habitações.

A preservação dos meios naturais como uma condição para a manutenção da vida é o motivo pelo qual a ONU tem se esforçado para consolidar tratados e políticas ecológicas entre as nações. Dentre os assuntos mais discutidos, estão: preservação de mananciais de águas, diminuição da emissão de poluentes e preservação das matas nativas.

Em 1992, a II Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92, aconteceu no Rio de Janeiro. O Brasil assumiu um compromisso para preservar a natureza, em especial as suas matas nativas, como a floresta Amazônica. A Eco-92 apresentou importantes documentos que abordaram os efeitos da economia industrial sobre o meio ambiente. Esses documentos levantaram questões de difícil aplicação, pois deliberaram sobre o desenvolvimento das nações industrializadas, ou seja, os países ricos, e também sobre os países em desenvolvimento.

Um desses documentos, a Agenda 21, assinada por 178 países, discorre sobre a aplicação regional de políticas de desenvolvimento sustentável, ou seja, o desenvolvimento que possa se autossustentar, sem esgotar os recursos naturais disponíveis.

O homem faz parte do meio ambiente em que vive e dele depende para sobreviver. Sem a água, o ar, o solo e a energia solar não haveria vida. O homem também influi no meio ambiente. Essa influência aumentou muito depois da Revolução Industrial. As novas tecnologias possibilitaram, progressivamente, melhores condições de vida: nossas casas são mais confortáveis e seguras; os eletrodomésticos facilitam as tarefas do lar; os transportes são mais variados e velozes; os meios de comunicação nos colocam em contato com o mundo inteiro; medicamentos e medidas preventivas permitem a cura e a eliminação de doenças.

Por outro lado, o progresso acarretou dificuldades. Alguns minérios, como o petróleo, já dão sinais de esgotamento. A expansão das indústrias e o crescimento das cidades levam ao aumento da poluição do ar (causada pela fumaça de veículos e fábricas, principalmente). A água também é poluída por esgotos residenciais e industriais e, ainda, por pesticidas e fertilizantes carregados pela chuva ou erosão. Além disso, também se contamina o solo, afetado por pesticidas e outros poluentes. Porém, o principal problema do solo consiste na derrubada de florestas e na destruição da cobertura vegetal, o que favorece a erosão, o aumento de áreas desérticas e diminui a fertilidade.

Ocorre que, para viver, necessitamos tanto do progresso como dos recursos naturais. Precisamos do oxigênio, das plantas, dos animais e, também, dos produtos da indústria: máquinas, equipamentos, alimentos industrializados. Como conciliar essas necessidades?

Muitos programas ambientais estão sendo colocados em prática no mundo inteiro. Alguns países já adotaram uma série de medidas antipoluidoras: filtros para chaminés de fábricas, controle dos poluentes emitidos por escapamentos de veículos, programas de educação e conscientização, projetos de reflorestamento em grande escala, reciclagem de lixo etc.

É preciso também que o homem se integre à natureza, conservando-a e entendendo que depende dela para tudo, pois se a humanidade continuar a destruição incontrolada do meio ambiente, sem se preocupar com as outras formas de vida, não só destruirá essas vidas como, desaparecendo essas, destruirá a si própria.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR).

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