5º Congresso sobre diversidade microbiana da Amazônia reúne cientistas, em Manaus

Conferência sobre Microbiótica na Amazônia/Foto: ivulgação
Conferência sobre Microbiótica na Amazônia/Foto: ivulgação
Conferência sobre Microbiótica na Amazônia/Foto: ivulgação

As principais pesquisas sobre microbiologia desenvolvidas na região amazônica serão apresentadas durante o “5° Congresso sobre diversidade microbiana da Amazônia” (CDMicro), que acontece até quinta-feira (26) na Escola do Legislativo da  Assembleia Legislativa do Amazonas.


Fruto da iniciativa de um grupo de pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane (CPqLMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), o Congresso é realizado, a cada dois anos, e reúne cientistas, professores,estudantes e gestores públicos nas áreas de saúde, ciência e tecnologia, contando, ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM).

Na quinta-feira (26), na programação do evento serão debatidas as temáticas da microbiologia: médica, alimentar, ambiental e industrial. O presidente da comissão organizadora do 5° CDMicro, Dr. Luiz Antonio de Oliveira, lembra a importância do desenvolvimento das pesquisas em microbiologia e da difusão desse conhecimento. “Eventos como este facilitam o desenvolvimento de projetos para que no futuro possamos trabalhar integrados”, ressalta.

O pesquisador, vice-presidente do Inpa, chama a atenção, também, para o potencial econômico da área de biotecnologia. Segundo ele, a alta diversidade de micro-organismos na Floresta Amazônica e a facilidade de manuseio dessa matéria prima permitiriam a implantação de um Polo de Bioindústrias no Estado, criando um complemento à economia local, hoje proveniente em grande parte do Polo Industrial de Manaus.

“Acho que o modelo do PIM está ficando mais enfraquecido devido à globalização e não é substituí-lo, mas fortalecê-lo. Para a gente fortalecê-lo teríamos que instalar bioindústrias e, para estas serem implementadas, tem que existir matéria prima em quantidade e a área de microbiologia é a que tem maior potencial. Só para se ter uma ideia, o homem moderno conhece cerca de 5.400 enzimas, que tem utilização no mundo inteiro em diversas áreas, só na camada de liteira da floresta teríamos no mínimo umas 45 mil enzimas diferentes, então mostra um potencial fantástico que deixamos de aproveitar por desconhecer”, destacou.

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