
O momento é delicado pois as temperaturas recordes são acompanhadas por novas marcas de consumo de eletricidade
Tradicionalmente os brasileiros sofrem no período que engloba o fim e o começo do ano: o verão. Entre 21 de dezembro e 20 de março, as temperaturas aumentam e todo o território nacional sente a necessidade de adquirir algum tipo aparelho climatizador, como ventilador ou ar-condicionado, de forma a reduzir a temperatura externa e conseguir passar o dia com mais conforto. No entanto, junto com esses aparelhos vêm uma companhia indesejada por qualquer tipo de pessoa: o aumento na conta de luz.
No período das férias escolares, ainda há um agravante para as despesas do fim do mês pois as pessoas costumam passar mais tempo em casa durante a época de muito calor. É um período de maior consumo e, como o regime tributário aumenta de acordo com o gasto, a bandeira tarifária acaba por pegar muitos cidadãos de surpresa. Também esta é a época em que alguns indivíduos descobrem qual é o modo de entrada da energia em sua casa, se monofásico, bifásico ou trifásico, variando o custo por kW/h, e definido no dia da instalação.
Existem algumas formas de amenizar o gasto energético dentro de uma residência. Uma delas é optar pela iluminação por led, outra é evitar o uso de equipamentos que pesam na conta como prancha, secador de cabelo e máquina de lavar roupa. Além disso, é importante evitar tomar banhos quentes, optar pelo modo frio do chuveiro faz grande diferença. Porém, talvez a maior polêmica nacional sobre contas de luz envolva os climatizadores.

Nesse caso não há dúvida. O ar-condicionado pode, sim, trazer muito conforto ao cidadão e é um eletrodoméstico cobiçado do Oiapoque ao Chuí, porém é um dos maiores vilões das altas contas de luz e o cidadão deve se equilibrar entre o gasto e o suor. O problema pode ser amenizado com o uso consciente, em que o consumidor não liga o aparelho com a janela aberta, além de entender que o eletrodoméstico foi feito com o intuito de promover conforto e não resfriamento, quanto menos a temperatura escolhida mais cara a conta no fim do mês.
Também recomenda-se que o ar-condicionado seja trocado caso o modelo estiver muito desgastado pelo tempo, pois os mais novos são mais tecnológicos, fazem efeito com mais velocidade e gastam muito menos energia — além de apresentar uma vida útil maior.
Porém, para ter um resultado rápido e notável, o indicado é trocar o ar-condicionado por um ventilador, que é equipamento muito econômico, pois gasta pouca energia, sendo uma excelente alternativa para o verão. Vale ressaltar, ainda, que o ventilador consegue ajudar a refrescar ambientes que são abertos, ao promover a circulação do ar — em espaços fechados sua ação é pouco proveitosa.
A questão do conforto climático ganha contornos mais dramáticos quando se analisa o aumento na temperatura média de 4%, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), e também o aumento de 5% de consumo energético que a Energisa registrou no mês de dezembro de 2018, com relação ao ano anterior.
A temperatura deve continuar a subir e os climatizadores tendem a ser cada vez mais cobiçados, levando muitas contas de luz aumentem ainda mais. Então, é importante tomar medidas para reduzir o consumo, pois a saúde financeira em alta ajuda a refrescar qualquer cabeça.