
A mídia internacional repercutiu a comemoração de Jair Bolsonaro à suspensão da vacina chinesa, CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica SinoVac. Associated Press, Reuters, New York Times, Financial Times e outros criticaram a postura de Bolsonaro.
A mídia internacional repercutiu a celebração de Jair Bolsonaro à suspensão da vacina chinesa, CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica SinoVac – no Brasil, em parceria do governo de São Paulo e o Instituto Butantan.
Jornais europeus e norte-americanos divulgaram a reação de Bolsonaro, que comemorou a suspensão da vacina apesar do Brasil ter 162,6 mil mortes pelo novo coronavírus e mais de 5,6 milhões de casos de pessoas infectadas.
A Associated Press destacou em reportagem que a decisão da Anvisa parece “ter sido motivada não pela ciência, mas pela hostilidade política do líder ao país e ao estado [de São Paulo] envolvido na produção da vacina candidata”. Segundo o jornal, a suspensão da Anvisa é “outro golpe de Bolsonaro” contra a vacina.
A comemoração também foi destacada pelo Financial Times e pela agência de notícia Reuters, que destacou que Bolsonaro comemorou “a suspensão do teste da vacina Sinovac como uma ‘vitória’”.
O britânico Financial Times reporta que o Brasil enfrenta reação política após a suspensão do teste da vacina Covid desenvolvida na China. E que Pequim está empenhada em usar o setor farmacêutico para divulgação diplomática pós-pandemia.

O New York Times, um dos jornais mais importantes dos Estados Unidos, questionou: “Brasil interrompe teste de vacina chinesa. Mas a culpa foi da ciência ou da política?”. Ainda reforçou que “o governo brasileiro ofereceu poucas explicações sobre o motivo pelo qual parou abruptamente os testes de uma promissora injeção de coronavírus que milhares de pessoas já receberam”.
“Os resultados dos testes de Fase 1 da empresa não mostraram efeitos adversos, e os testes de Fase 2 mostraram 90% de proteção contra o SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19”, destacou o jornal.
O The Guardian disse que “embora os ensaios de vacinas sejam frequentemente interrompidos para investigar suspeitas de efeitos colaterais, incluindo o ensaio de fase 3 da vacina da Universidade de Oxford University e AstraZeneca, a linguagem usada pelas autoridades brasileiras foi invulgarmente forte, embora não tenham fornecido detalhes adicionais, exceto que o evento adverso ocorreu no final de outubro”.
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