
A Amazônia Legal teve recorde de alertas de desmatamento em abril deste ano. É o pior índice para o mês na história do monitoramento feito pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que começou em 2015 e passou a registrar dados do primeiro semestre a partir de 2016.
Os dados foram atualizados nesta sexta-feira (06), mas ainda são preliminares do mês, pois contabilizam apenas até o dia 29 de abril.
De acordo com a detecção do Deter, com dados disponibilizados pela plataforma Terra Brasilis do Inpe, foram 1.012,5 km² apenas em abril de 2022. O dado de 2022 representa aumento de 74,5% em relação a 2021.
Histórico de desmatamento na Amazônia Legal para o mês de abril:
Abril de 2021: 579,98 km²
Abril de 2020: 407,20 km²
Abril de 2019: 247,39 km²
Abril de 2018: 489,52 km²
Abril de 2017: 126,85 km²
Abril de 2016: 439,92 km²
O registrado em abril de 2022 também representa aumento de alertas de desmatamento na Amazônia Legal em relação ao mês anterior.
Em março deste ano, foram contabilizados 312,23 km² – apresentando, portanto, o crescimento de 224,2%.
No acumulado anual até o momento, unindo dados de janeiro a abril, o total de desmatamento em 2022 chega a 1.953,84 km².
O dado é o pior já registrado no período desde o início do monitoramento no primeiro semestre, em 2016.
Em 2021, o registrado nos primeiros meses de ano foi de 1.153,27 km². Dessa forma, o desmatamento cresceu 69,4%.
Histórico de desmatamento na Amazônia Legal entre janeiro e abril:
2022: 1.953,84 km²
2021: 1.153,27 km²
2020: 1.204,15 km²
2019: 773,08 km²
2018: 1.175 km²
2017: 360,49 km²
2016: 1.083,75 km²
A relação anual nos outros anos: 1.204,15 km² em 2020; 773,08 km² em 2019; 1.175 km² em 2018; 360,49 km² em 2017; e 1.083,75 km² em 2016.
Em 2022, o estado que mais registrou alertas de desmatamento foi o Mato Grosso, com 574,48 km² afetados de janeiro até o fim de abril.
Em seguida, está o Amazonas, com 537,28 km²; já o Pará foi o terceiro, com 446,77 km².
Os dados analisados são alertas de desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração na região da Amazônia Legal.
Fonte: CNN Brasil