
O prefeito de Silves, Raimundo Paulino de Almeida Grana (PSDB), acaba de mandar demolir a sede da Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultura – ASPAC, sem ordem judicial e passando por cima de decisão da Justiça Federal, arbitrariamente, dando clara demonstração de defesa das atividades da empresa de mineração ENEVA S.A.
Indígenas Muras, integrantes da ASPAC, disseram que o prefeito vem servindo interesses da empresa mineradora, que explora petróleo e gás na região do Baixo Amazonas, e que estaria ‘irritado’ com pedido de liminar para impedir a Audiência Pública e o licenciamento para exploração e devastação do território indígena.
Assinaram a liminar a Associação dos Mura, que representa 190 famílias indígenas Mura, Munduruku e Gavião Real, e com o apoio das organizações 350.org, Alternativa Terra Azul, Comissão Pastoral da Terra, Grupo de Trabalhos Amazônicos e Rede Resistência Amazônica.
“A ordem de demolição é uma clara demonstração de autoritarismo e perseguição, efetuada pelo prefeito e seu apoiador no parlamento estadual”, disse nota enviada ao Portal Correio do Amazônia pelo Grupo de Trabalho Amazonas (GTA).
A Sede da Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultura – ASPAC, já havia sido invadida pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT-AM) no dia 20 de maio último, causando transtorno, indignação e revolta dos indígenas Muras e membros da ASPAC.

“foi uma tentativa de intimidação e desrespeito aos povos originais da Amazônia, além de visível interesse na continuidade da política de devastação do governo bolsonarista”, disseram no dia da invasão do deputado Sinésio Campos.
Repúdio
A ASPAC já havia publicado nota de Repúdio ao Deputado Sinésio Campos – Presidente do PT – Amazonas por invasão à sede de associação para defender mineradora ENEVA
Nós, organizações da sociedade civil, vimos por meio desta nota expressar veementemente nossa reprovação contra a intimidação que aconteceu no dia 20 de Maio a sede Associação de Silves de Preservação Ambiental e Cultural (ASPAC), no município de Silves, depois que a empresa mineradora ENEVA virou alvo da 7a Vara da Justiça Federal no Amazonas, com a suspensão de audiências públicas que debateriam a extração de petróleo e gás no chamado Campo de Azulão, em terras indígenas, na região do Baixo Amazonas, marcadas para o último sábado (20) e domingo (21)….
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