
Parte do trabalho do fotojornalista Orlando Brito ganha a primeira exposição póstuma em Brasília. A mostra “Réquiem” conta com 25 imagens inéditas do fotógrafo e seguirá aberta para visitação entre 12 de abril e 5 de junho, no Espaço Arte do Shopping JK, em Brasília.
O fotógrafo viveu entre 1950 e 2022 e foi um dos ícones de produções ligadas ao jornalismo e viveu. Entre registros feitos pelas lentes se encontram diferentes momentos da história brasileira e de culturas que fazem parte da identidade do país.
As imagens selecionadas para o evento revelam olhar sensível sobre o Quarup, ritual ancestral dos povos indígenas do Alto Xingu. A curadoria foi feita pela filha, Carol Brito, com a proposta de ressaltar importância da valorização das culturas originárias.
“A exposição não apenas honra a memória do meu pai, mas também destaca sua sensibilidade única ao registrar a cultura indígena com respeito e profundidade. Seu trabalho é um convite para enxergarmos o Brasil em toda a sua diversidade”, ressalta a Brito.
Trajetória
Um dos mais premiados fotógrafos brasileiros, Brito nasceu em Janaúba, em Minas Gerais, em 8 de fevereiro de 1950. Ele se mudou com a família para Brasília no início dos anos 1960. Em 1965 começou a carreira como laboratorista na sucursal brasiliense do jornal Última Hora, do Rio de Janeiro. Dois anos depois, tornou-se fotógrafo do periódico.
Reconhecido pela extensa cobertura política, Orlando Brito fotografou 13 presidentes da República e registrou momentos históricos como o fechamento do Congresso Nacional, o Diretas Já, impeachments e grandes manifestações populares.
Em outra frente, o fotojornalista construiu um acervo sobre povos indígenas e foi um dos grandes documentaristas da cultura de povos originários.
Brito morreu aos 72 anos por falência de múltiplos órgãos, em 11 de fevereiro de 2022.
Fonte: R7