A greve dos Rodoviários está mantida, anuncia Sindicato

Rodoviários decidiram manter greve geral nessa quarta feira (23) - foto: divulgação

“Mais vale uma mentira do empresário do que mil verdades do trabalhador”, é dessa forma que a direção do Sindicato dos Rodoviários entende a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), relativo à proibição da greve com ameaça de multa de R$ 50 Mil/hora, que foi anunciada, divulgada e teve a concordância da legalidade confirmada pelo defensor público do Estado, Carlos Alberto Almeida Filho.


Diante desse entendimento, a categoria resolveu manter a ‘greve geral’ para essa quarta feira (23), a começar das 04 hora da madrugada. A decisão saiu de uma assembleia geral da categoria, ocorrida agora de manhã, na sede do Sindicato dos trabalhadores.

Os trabalhadores dos Transportes Especial também estão com greve confirmada para essa quarta feira (23). Com isso, não haverá transporte para os trabalhadores do Distrito Industrial.

Rodoviários decidiram manter greve geral nessa quarta feira (23) – foto: divulgação

Trânsito no TRT

Para o vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Josenildo Mossoró, o trabalhador não tem trânsito no Tribunal por isso sempre perde nas decisões, quando o assunto é benefício para os trabalhadores ou quando pretende reivindicar, através do direito constitucional da greve.

Josenildo diz que o dissídio da categoria está atrasado há mais de dois anos e não se vê nenhuma movimentação do TRT em resolver a questão de forma ágil, mas basta os empresários pedirem uma liminar para impedir uma manifestação, que o tribunal atende de pronto.

Prefeito de Manaus

Por sua vez, o prefeito Arthur Neto (PSDB) tem se omitido em todas as negociações entre trabalhadores e empresários dos transportes urbanos de Manaus, quando o interesse das negociações são os trabalhadores. Mas quando é para defender os interesses da classe patronal, é o primeiro a se manifestar. O prefeito Arthur Neto tem no seu histórico, várias intervenções contra as classes trabalhadoras, inclusive com violência.

Na segunda feira (21) logo após a coletiva dada pelo presidente dos trabalhadores Rodoviários à imprensa, o prefeito se apressou em “atuar”, juntamente com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), para conseguir uma liminar como para indeferir a paralisação dos rodoviários prevista para a próxima quarta-feira, 23/5.

Decisão judicial

A decisão da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11ª Região), desembargadora Eleonora de Souza Saunier, segundo nota divulgada pelo Sinetram, “levou em consideração a justificativa da petição ingressada pela Procuradoria Geral do Município (PGM), que apontou, entre outras justificativas, o fato de que não houve divulgação quanto à realização de Assembleia Geral da categoria, autorizando o movimento grevista”.

O presidente Givancir de Oliveira garante que não só houve uma ampla comunicação sobre a greve, como também o comunicado à procuradoria geral do município. Givancir disse ainda, que nesse primeiro momento, não vai comentar decisão do TRT e nem se posicionar quanto a omissão do prefeito, mas confirmou a greve para o dia agendado anteriormente.

A liminar pedida pelo Sinetram/Prefeitura

Em caso de descumprimento da liminar – deferida nesta segunda-feira, 21/5, pela a presidente do TRT-11ª Região, desembargadora Eleonora de Souza Saunier, ao processo 0000190-05.2018.5.11.0000, suscitado pelo Sinetram – fica o Sindicato dos Rodoviários sujeito à multa de R$ 50 mil por hora de paralisação, além da configuração do crime de desobediência. A presidente do Tribunal decidiu, ainda, pela abstenção por parte do Sindicato dos Rodoviários de quaisquer tentativas de atos que venham a ferir os direitos possessórios das empresas, como impedir que os coletivos deixem as garagens, sob pena de multa no valor de R$ 50 mil por hora de turbação.

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