A Mudança – por Antônio de Albuquerque

Sim, podemos mudar, a mudança está no âmago da nossa vida; em nós mesmos, na família, escola, universidade, religião, quartel, ruas, lojas, repartições, em nossos pensamentos, ideias e sentimentos. Podemos criar em nossa consciência um profundo sentimento de amor por nós, ao outro e a pátria. Lembrando-nos das pessoas que sofrem pelo desamor de maus gestores do dinheiro público.


Não devemos ofender, nem aos que se apoderam do dinheiro da merenda escolar, das escolas, hospitais e até dos lugares onde são acolhidos os pacientes terminais, idosos e crianças. No entanto, podemos nos distanciar desses delinquentes sociais assumindo um compromisso com nós mesmos e com Deus no sentido de restabelecer na sociedade a moral e a ética.

Então, ao invés de querermos de imediato transformar as pessoas, comecemos por nós mesmos colocando o pavilhão nacional em nossa consciência e as Leis em nossa memória. Porque sem a observância às Leis não existirá ordem nem progresso e sem progresso não poderemos nos tornar uma nação poderosa, capaz de promover à paz a justiça, expurgando as terríveis mazelas que testemunhamos e tanto nos atormentam.

Não podemos cruzar os braços, mas sim, refletir profundamente buscando soluções para corrigir o curso da história e, a resolução mais consciente nós sabemos que é a Educação. Sem ela nada somos ou seremos e nada sólido construiremos. Precisamos de menos feriados, carnaval, festas populares e discursos políticos. Necessitamos de muito mais: Educação, segurança, saúde e boa gestão pública, porque a população analfabeta é manobrável, doente e insegura, vereda aberta para entrar a abominável corrupção. Povo menos esclarecido não sabe escolher seus dirigentes.

Os protagonistas inimigos do Brasil, ontem condenados por corrupção amanhã voltam a se apresentar ou se fazem representar tais salvadores da pátria, pregando novos valores, falando de liberdade e democracia, e até afirmando que precisamos de outra constituição, precisamos, sim, de respeito às Leis e ao Brasil. Democracia e Liberdade sem responsabilidade de nada valem, e essa responsabilidade é de todos nós.

Lembro-me, ainda, do meu pai quando falava dos que aplaudiam Getulio Vargas quando eleito pelo voto, e depois conspiravam para implantar uma ditadura farsista. Getulio Vargas invertia a regra tornando-se ditador. Os desprezíveis bajuladores eram sempre os mesmos em volta do palácio do catete. No entanto, acredito no Brasil, nas Leis, na Constituição. Não estamos à margem da história, somos parte dela. O Brasil tem jeito, só depende dos brasileiros. Tudo passa.

*Antônio de Albuquerque é escritor e filósofo

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