
O prefeito Frederico Júnior (MDB) assumiu o comando da prefeitura de Novo Airão no dia 4 de dezembro do ano passado. Passados 100 dias, percebe-se que ele vem evitando se pronunciar sobre a real situação da prefeitura.
Frederico não disse nada sobre as finanças e nem sobre o orçamento comprometido para o exercício financeiro do ano seguinte, nada sobre restos a pagar, nada sobre débitos com a previdência social, dentre outras obrigações.
Sabe-se que prefeitos anteriores jogaram Novo Airão na vala comum, deixando o município no fundo do poço e sem previsão para sair desse buraco sem fundo.
Quando assumiu a municipalidade, o prefeito detinha uma popularidade superior a 70 por cento, mantendo-se nesse patamar até o final de janeiro.

No entanto, ele resolveu desafiar seus 4.290 eleitores que o elegeram prefeito na eleição suplementar de outubro do ano passado, ao firmar “parceria política” com os vereadores Nerita de Castro (DEM), Daniel Barros (PRTB), presidente e vice-presidente da Câmara de Vereadores, respectivamente, e Rocicleide Andrade (DEM), todos fiéis aliados do ex-prefeito Wilton Santos (PSDB).
Como se não bastasse, Frederico escolheu Daniel Barros como seu líder na Câmara, justificando a indicação “a boa atuação dele de combate ao ex-prefeito Wilton Santos”.
Assim que foi anunciada a “parceria”, a credibilidade do prefeito foi ficando em xeque, e só não despencou devido a forte divulgação de sua imagem pelas redes sociais, como forma de manter a sedução do povo pela sua imagem e esconder a história política nada republicana dos três vereadores.

Mesmo contrariando as expectativas de seus eleitores, os possíveis resultados políticos da “parceria” Frederico/Nerita/ Daniel já podem ser percebidos por boa parte da população e definidos como o início da construção de uma trilha de rastros suspeitos.
Cumpridos os primeiros 100 dias de governo, o prefeito já contabiliza algumas decisões administrativas que poderão comprometer futuras metas fiscais. As diretrizes de interesses pessoais traçadas pelos ditos vereadores podem levar a atual gestão a enveredar por caminhos perigosos.
Gestos que podem decretar o fim político do agora “prefeito da tão sonhada esperança por mudança”. Quanto a tal “parceria política” com políticos suspeitos, Frederico deve, sim, uma explicação ao povo de Novo Airão, sob pena de ser taxado de mentiroso.
Serviços essenciais
O prefeito Frederico Júnior (MDB) cumpre seus primeiros 100 dias de governo priorizando a manutenção dos serviços essenciais à população. A prestação de tais serviços está sendo avaliada como satisfatória, cujo resultado busca o contentamento da coletividade em geral, principalmente do povão, que se enche de prazer advindo de realizações do que ele, o povão, pensa estar esperando, do que ele, o povão, deseja para si.
Para a manutenção da prestação desses serviços, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que os órgãos públicos (suas empresas, concessionárias, permissionárias) são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos à sociedade. Caso não o façam, as empresas desse setor serão compelidas a cumprir com tais obrigações, bem como a reparar eventuais danos causados ao consumidor ou ao contribuinte.
Por: Garcia Neto – jornalista e professor