Aeroporto Eduardo Gomes alerta passageiros sobre sepse, que mata mais que o câncer

A ação ocorre no salão de desembarque/Foto: Divulgação

Ocorre mais de 240 mil mortes no Brasil anualmente por sepse, uma síndrome que causa mais óbitos do que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Os dados são do Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) e para conscientizar a população em Manaus, profissionais do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) da Zona Norte irão distribuir nesta quarta-feira, 13, no aeroporto internacional Eduardo Gomes, localizado no Bairro Tarumã, zona Oeste, uma história em quadrinho que retrata a importância do rápido diagnóstico. A ação ocorre no salão de desembarque, das 8h às 12h. Serão distribuídos cerca de 2 mil exemplares do impresso.
A ação realizada pelo Ilas ocorrerá em outras cidades do País. Em Manaus, a atividade será coordenada pelo HPS da Zona Norte, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed).


A ação ocorre no salão de desembarque/Foto: Divulgação

“A sepse acontece quando o corpo responde a uma infecção e essa resposta acaba atacando seus próprios órgãos, com isso, eles deixam de funcionar adequadamente. A infecção pode estar em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma reação que compromete o funcionamento de vários órgãos se não tratada adequadamente”, explica a infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HPS da Zona Norte, Mayla Borba. “Pelo grande número de óbitos, precisamos conscientizar a população sobre os principais sintomas, assim como incentivar a procurarem o serviço de saúde o quanto antes”, completa.

Quadrinhos – Febre alta, aceleração do coração, respiração rápida, fraqueza importante, pressão baixa, diminuição da quantidade de urina e sonolência ou confusão mental. Esses são os sintomas da sepse e são esses os sinais que apresenta um senhor chamado João, personagem da história em quadrinhos que será distribuída no aeroporto, conta a enfermeira da SCIH, Erielma Galvão.

A ação ocorre no salão de desembarque/Foto: Divulgação

Na história, o personagem João, ao chegar à unidade de saúde e relatar os sintomas, um protocolo de atendimento é aberto. Esse protocolo define prazos para coleta de material para exame e administração de antibiótico. “Costumamos dizer que, em caso de sepse, o tempo salva vidas”, aponta Erielma.

O HPS da Zona Norte tem um protocolo de sepse implantado desde março de 2016. Até agora, 147 atendimentos foram realizados seguindo esse protocolo. Desse total, 131 foram confirmados como sepse. Dos pacientes com sepse, 50% tiveram alta melhorada e 34% foram transferidos para outras unidades de saúde para cuidados intensivos. Desde a implantação do protocolo na unidade houve redução de 30% dos óbitos por sepse.

 

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