Amazônia Legal enfrenta desafio de arborização nas cidades, aponta IBGE

Manaus (Capital do Amazonas )- Foto: Arne Müseler / wikimedia commons / Flipar

Mesmo cercadas por uma das maiores riquezas naturais do planeta, as cidades da Amazônia Legal estão entre as menos arborizadas do Brasil. É o que mostra o Censo Demográfico 2022, divulgado na última quinta-feira (17), pelo IBGE.


O levantamento analisou o entorno das casas nas áreas urbanas, onde vive a maior parte da população brasileira — cerca de 85%. E os resultados chamam atenção.

Belém, no Pará, que vai sediar a COP30 em 2025, tem apenas 44,65% da população vivendo em ruas com pelo menos uma árvore. Outras capitais da Região Norte também têm baixos índices:

  • Rio Branco, no Acre: 39,86%

  • Manaus, no Amazonas: 44,81%

  • Boa Vista, em Roraima: 52,64%

  • Macapá, no Amapá: 62,87%

  • Porto Velho, em Rondônia: 64,86%

Quando se considera apenas ruas com mais de cinco árvores, a situação piora. Os piores índices são no Acre (10,7%), Amazonas (13,7%), Pará (16,9%) e Roraima (14,5%). Cinco dos dez estados com menor arborização urbana estão na Amazônia Legal. Um contraste grande com o bioma da região.

Cidades do agronegócio se destacam na arborização

Na outra ponta do ranking, cidades com forte presença do agronegócio aparecem entre as mais arborizadas do país. Mato Grosso do Sul lidera: 58,9% da população urbana vive em ruas com mais de cinco árvores. O Distrito Federal vem em seguida, com 56,4%, e depois o Paraná, com 49%.

Capitais como Campo Grande (MS) e Goiânia (GO) são bons exemplos de planejamento urbano aliado à preservação das árvores.

  • Campo Grande tem o maior índice do Brasil: 91,4% das pessoas vivem em ruas com pelo menos uma árvore.

  • Goiânia aparece logo depois, com 89,6%.

No interior, cidades como Lucas do Rio Verde, Sinop e Rondonópolis, todas no Mato Grosso, também se destacam: mais de 93% da população urbana vive em ruas arborizadas.

Outros bons exemplos estão em cidades de médio porte como Maringá (PR), onde 98,6% dos moradores vivem em ruas com mais de cinco árvores. Londrina, Uberlândia e Campinas também mostram que é possível crescer sem abrir mão do verde.

Fonte: Terra

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