André Vargas interrompe licença e anuncia que retornará à Câmara dos Deputados

Deputado André Vargas, interrompe licença/Foto: CD
Deputado André Vargas, interrompe licença/Foto: CD
Deputado André Vargas, interrompe licença/Foto: CD

Investigado pelo Conselho de Ética da Câmara por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) interrompeu hoje, quarta-feira (14) a licença de 60 dias do mandato e informou que retornará à Casa. A comunicação foi feita por escrito ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

De acordo com a Secretaria-Geral da Câmara, André Vargas voltará, com o retorno ao mandato, a receber salário, verba de gabinete e o chamado “cotão”, recursos destinados a pagar telefonemas, serviços postais e passagens aéreas.


O deputado havia pedido licença não remunerada no dia 7 de abril sob a justificativa de que desejava “preservar” a Câmara enquanto preparava a defesa no processo que enfrenta por quebra de decoro parlamentar. O afastamento terminaria no dia 5 de junho.

Vargas renunciou à vice-presidência da Casa após as primeiras denúncias de que teria favorecido e se beneficiado da relação com Youssef, preso em março pela Polícia Federal sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões.

De acordo com denúncias publicadas na imprensa, o deputado usou um jatinho pago pelo doleiro e ajudou a intermediar um contrato de uma empresa de Youssef com o Ministério da Saúde.

Pressionado pelo PT – partido ao qual era filiado – a renunciar ao mandato, André Vargas decidiu deixar a sigla e se defender do processo por quebra de decoro parlamentar. Nesta terça, o Conselho de Ética notificou o deputado do processo que tramita contra ele.

A notificação foi publicada no “Diário Oficial da União”, depois de cinco tentativas de notificá-lo pessoalmente em suas residências de Londrina e Brasília. A partir desta quarta, Vargas tem dez dias úteis para apresentar defesa escrita, indicar provas e arrolar até oito testemunhas a seu favor.

O processo no Conselho de Ética pode culminar com a cassação do mandato do parlamentar. Nesse caso, a última palavra deverá ser do plenário da Câmara.(G1)

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