Após cinco dias como reféns servidores da Funai são libertados

Servidores foram ao local para tentar resolver conflito entre etnias - Foto: Reprodução/Internet

Três funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram libertados na tarde de ontem sexta-feira (12), cinco dias após serem mantidos em cárcere por indígenas da etnia Tenharim. O trio estava amarrado com cordas e aprisionados dentro da aldeia desde a segunda-feira (8), quando foram ao local para tentar apaziguar um conflito entre indígenas das etnias Tenharim e Pirarrã. O caso ocorreu na zona rural do município de Humaitá, a 696 km de Manaus.


De acordo com informações repassadas por familiares das vítimas, os servidores da Funai deixaram a sede do município por volta das 18h de segunda (8), com destino à aldeia Estirão Grande, dos Tenharim. A aldeia fica a aproximadamente 90 km de distância da sede do município.

A ideia era tentar intermediar o conflito entre Tenharins e Pirarrãs, que ocorre região. Não há informações de mortes entre os índios. Entretanto, segundo denúncia, ao chegar ao local, os funcionários encontraram dois indígenas Pirarrãs presos na aldeia.

Os servidores estavam aprisionados desde a segunda-feira (8)— Foto: Divulgação/MP-AM

Após acordo, os líderes dos Tenharins libertaram os Pirarrãs, mas prenderam os três funcionários da Funai. Além de amarrar os servidores com cordas, os indígenas ainda pegaram a chave da lancha para que eles não tivessem chance de escapar.

Os familiares dos servidores disseram que só souberam do ocorrido naquinta-feira (11). “Meu pai saiu em viagem pra aldeia com o chefe da Funai e outro representante. Na quinta-feira tivemos notícia que ele estava amarrado na aldeia. Os índios pegaram eles desde a segunda-feira que eles foram. Só ontem vieram falar para as famílias”, disse uma familiar que não quis ter o nome divulgado.

Após saber do ocorrido, o presidente da Funai, Wallace Moreira Bastos, gravou um vídeo pedindo a liberação dos servidores e agendou uma visita com servidores da fundação nacional à aldeia até o final deste mês.

“Representantes da Funai de Brasília devem se deslocar até Humaitá para trabalhar em um pacto de convivência entre os Pirarrã e os Tenharim, para que a gente acabe com esta situação de conflito que existe na área”, disse Bastos.

Fonte: G1

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