Após Nunes Marques autorizar a realização de cultos presenciais em igrejas, Gilmar Mendes, respaldado por posição anterior do plenário, decidiu pelo fechamento, reconhecendo a autonomia de governadores e prefeitos para estabelecerem medidas restritivas durante a pandemia.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, alinhado a Jair Bolsonaro, pediu nesta segunda-feira (5) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que a ação que trata do fechamento de templos e igrejas em São Paulo seja remetida ao ministro Nunes Marques.
A ação está atualmente sob os cuidados do ministro Gilmar Mendes, que decidiu pelo fechamento de igrejas e templos durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19 no Brasil. Anteriormente, Nunes Marques havia concedido autorização para a realização de cultos e missas presenciais em igrejas de todo o país.
Gilmar Mendes, em sua decisão, reconheceu a autonomia de governadores e prefeitos para estabelecerem medidas restritivas de combate à pandemia, o que já havia sido reconhecido pelo plenário da Suprema Corte.
Agrado ao presidente
Com a solicitação, Aras se mostra ainda mais submisso a Jair Bolsonaro, que conta com o apoio dos evangélicos para se manter no poder e até, eventualmente, se reeleger em 2022, e deixa mais escancarada sua intenção de agradar Bolsonaro para ser indicado a assumir a cadeira do ministro Marco Aurélio Mello no STF, que se aposenta em julho.
O julgamento sobre a questão do funcionamento das igrejas foi marcado por Fux para a próxima quarta-feira (7).