A Arte da Guerra e os gargalos da campanha de Melo – Por Carlos Araújo

Carlos Araujo

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A semana inicia com a luz amarela na coordenação de campanha de José Melo ao governo do Estado. Claro, ela vai dizer que não, mas, existe sim, algo faltando. E, neste sentido, o Correio da Amazônia já havia apontado: se José Melo quiser vencer, terá que desfazer no imaginário popular o  conceito de líder relevante, que Eduardo Braga ainda goza junto ao eleitorado amazonense e que pode levá-lo ocupar o lugar desejado a partir de janeiro de 2015. Melo e equipe deve estar esquecendo estas questões fundamentais e os resultados são tímidos, com uma equipe que ainda não encontrou o rumo certo e pode continuar perdida. Enumeramos algumas considerações a partir do Arte da Guerra, de Sun Tzu.

1 – Primeiramente é preciso que a sociedade do Amazonas tenha confiança em Melo. Que esteja em harmonia com que prega seu programa de governo, que o siga onde esse for ou no que pretende fazer. Precisará provar que é um líder preparado o suficiente para essa missão. Um homem capaz de liderar seu povo. Melo esta conseguindo isso? Tem perfil para a missão?

2 – Os dias são curta para quem esta em uma campanha eleitoral e também com a tarefa de fazer a gestão do Estado. Nem todos os dias são dias de estar no campo de batalha. Há assuntos de Estado de prioridade, de investimentos, de projetos, que poderiam estar fazendo parte desta doutrina que estão esquecidos. Projetos que podem gerar milhares de empregos em Manaus e no interior do Estado. A prorrogação da Zona Franca de Manaus, mais os incentivos do Estado e os da Sudam, aliados com arranjos institucionais produtivos com as prefeituras de interior do Estado podem apontar para um Amazonas do futuro, construído no agora.

3 – Melo precisa estar em muitos lugares. A logística da campanha deve concentrar lugares estratégicos para onde possa afluir um centro de irradiação da campanha, que em tese é um campo de batalha a céu aberto, mas, não pode ser feita de forma aleatória, tem que ter planejamento estratégico. Priorizar essas zonas relevantes será de fundamental importância em uma campanha de curto tempo, de apenas 60 dias, a contar do hoje.
4 – Melo deve ser a manifestação do mando consensual, da liderança com qualidades de sabedoria, sinceridade, benevolência, coragem e disciplina. Melo esta sendo sábio quando não leva em consideração os projetos de desenvolvimento para Manaus e o interior, confiando somente no modelo Zona Franca, não procurando ampliar o leque de oportunidades?
Melo esta sendo sincero com a população sobre o que pode mudar, mesmo que contrarie seu companheiro de chapa Omar Aziz, que cera___2 ostensivamente criticado por não ter realizado obras com recursos liberados do Governo Federal? A benevolência de Melo não esta sendo ingenuidade quando deixa de considerar que órgãos públicos de relevância passaram os últimos 04 anos apenas como cabide de emprego, para pessoas que não são funcionarias de carreira, desmerecendo servidores com maior experiência e preparo? Melo terá coragem suficiente para mudar esse quadro de ociosidade e rateio politico da maquina estatal que emperra o desenvolvimento do Estado? Melo esta fazendo cumprir suas determinações? Tem disciplina também no que promete e anda postergando?

5 – Por fim em comparação com seu principal oponente, Melo poderá ser o vencedor nas seguintes possibilidades, com seu atual exercito ? Onde é melhor? Quem é o melhor? Por que é o melhor? Como é o melhor? Partindo de ter a coordenação de campanha como um exercito, você leitor, nos ajude a responder as seguintes perguntas:

. Qual dirigente é mais sábio e capaz?
• Que comandante possui o maior talento?
• Que exército obtém vantagens da natureza e terreno?
• Em que exército se observam melhor as regulações e as instruções?
• Quais as tropas mais fortes?
• Que exército tem oficiais e tropas melhor treinadas?
• Que exército administra recompensas e castigos de forma mais justa?
Τοdas essas perguntas feitas a milhares de anos pelo celebre estrategista militar levam em consideração uma questão prioritária para o Estado: o caminho para a sobrevivência ou a perda de tudo que representa o futuro do Amazonas. Não refletir seriamente sobre tudo o que lhe concerne é dar prova de uma culpável indiferença no diz respeito à conservação ou à perda do que nos é mais querido; e isso não deve ocorrer entre nós, já dizia o mestre Sun Tzu.

PS – Sun Tzu (chinês simplificado: 孙武; chinês tradicional: 孫武; pinyin: Sūn Wǔ) (544 a.C. –
496 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês. Sun Tzu é mais conhecido por sua obra
A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.

*Por Calos Araújo

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